Praticando a humildade cultural
Como lidar com o outro diferente de mim em contextos transculturais
Miriam Sinclair
Vivemos em um mundo em que, para conhecer uma pessoa profundamente, é preciso cruzar pontes culturais, ouvir, honrar sua história e aprender com ela. Deixe-me compartilhar algumas das lições que aprendi ao longo de quatro décadas em ambientes transculturais, ajudando outras pessoas a fazerem a ponte entre suas culturas.
Ainda posso ouvir as palavras da esposa de um líder de aldeia após eu ter passado uns doze meses ali gastado horas e horas observando, sentando-me com eles e aprendendo. Suas palavras foram: “Você agora é uma de nós!”. Aquela afirmação me pegou de surpresa, e fiquei encantada por todo o meu esforço ter conduzido àquela aceitação. Era a primeira vez que morávamos em uma aldeia e, naquele momento, tivemos a confirmação da importância de investir tempo para realmente fazer conexões eficazes com as pessoas. Aprender sobre o outro e ajudá-lo a aprender sobre mim tem sido um ponto alto em minha jornada. Quem sabe isso também possa acontecer com você.
Conhecendo o outro com “visão plena”
Quando uso as palavras conhecer outra pessoa não estou falando apenas sobre tomar conhecimento de fatos sobre ela. Refiro-me a conhecê-la profundamente para amá-la – para conectar minha alma com a dela. Parker Palmer fala sobre conhecer com visão plena, ou seja, com a mente e com o coração. Palmer é um visionário que escreve com honestidade, sabedoria e compaixão ao sugerir como a educação, o mundo e nós mesmos podemos ser transformados se integrarmos mente e coração no processo de aprendizagem. Ele diz:
Contamos amplamente com os olhos da mente para formar nossa imagem da realidade. Mas hoje, cada vez mais, pessoas estão abrindo os olhos do coração, e procurando por realidades para as quais os olhos da mente são cegos. Só mente, ou só coração, não é suficiente. Precisamos de uma “visão plena”, uma visão do mundo em que a mente e o coração se unem, como nossos dois olhos formam uma só visão. A forma como vemos molda a forma como somos. Somente quando vemos o todo, nós e nosso mundo podemos chegar a ser um.[1]
Tomar conhecimento com a mente implica apenas informações e, muitas vezes, assimilamos essas informações para nosso próprio interesse, visando dados que se adequam ao nosso sistema por curiosidade, para controlar, manipular ou organizar. Saber com o coração, no entanto, significa entrar no mundo da outra pessoa para amá-la e cuidar dela e, só então, começaremos a conhecê-la. Você pode perguntar: o que significa amar e cuidar? O ensino de Paulo sobre o amor em 1 Coríntios 13 nos dá padrões excelentes; referência para um relacionamento de amor.
Aprendendo com o outro
Nossos primeiros tutores transculturais nos ensinaram a importância de aprender as crenças e práticas das pessoas antes de compartilhar as nossas próprias. Gastamos tempo intencional com pesquisas, observação e questionamentos, o que nos deu uma base de compreensão e vocabulário para começar a compartilhar nossas próprias crenças e práticas. Um exemplo disso seria compartilhar sobre o céu. Embora vejamos o céu como um lugar onde estaremos com Deus, temos amigos que acreditavam que o céu se tratava de um lugar onde Deus lhes daria muitas delícias (que, muitas vezes, para eles significavam belas donzelas para servir os homens). Se não passássemos o real significado da palavra para nosso povo, ao usá-la, poderíamos estar comunicando um significado muito diferente do que acreditamos. Precisamos nos lembrar de que cada pessoa acredita e pratica sua fé de maneira pessoal.
Antes de compartilharmos nossas verdades preciosas, precisamos primeiro nos humilhar para ouvir e aprender com os outros. Entender como eles pensam, e por quê. O que eles sentem, e por quê. Valorizar a pessoa dessa forma – mostrar que estamos valorizando seu ser interior, sua alma –, isso permite que algo de belo aconteça no relacionamento. O diálogo, a partilha mútua em um nível cada vez mais profundo, pode, então, ser possível. Com isso, vem o cuidado e o aprendizado mútuos.
Subjacente a isso está o reconhecimento de que o outro pode ter algo para compartilhar comigo que talvez seja até mais importante do que o que quero compartilhar com ele. Valorizo as amizades que construí ao longo dos anos em que esse tipo de relacionamento foi possível.
Tem sido minha prática, em um novo contexto, encontrar quem me ajude com o idioma e com a cultura. Essas pessoas, pagas os não, geralmente se tornam amigos. Minha amiga ajudante mais recente foi uma mulher da minha idade que era uma professora religiosa respeitada. Ela nunca aceitaria pagamento, mas eu a presenteava com comida. As pessoas vinham a ela em busca de conselhos. Aprendi, ouvindo-a e observando-a, sobre como receber bem as pessoas dessa cultura, como fazer com que elas se sentissem amadas, aceitas e respeitadas com toda gentileza. Meus momentos com ela foram muito preciosos. Eu também encorajei aqueles de quem fui mentora a encontrar quem os ajudasse com o idioma e com a cultura local. Tenho notado, ao longo dos anos, que essas pessoas muitas vezes se tornam os melhores amigos dos obreiros transculturais.
Um fundamento na devoção
Devemos ter um sentimento de admiração e respeito ao aprendermos sobre os outros e sua cultura. Ao aprender sobre o outro, temos o incrível privilégio de observar como nosso Deus criador se expressa na cultura dessas pessoas. Deus conhece muito bem tanto as pessoas as culturas. Nós, em nosso aprendizado, precisamos colaborar com Deus como aprendizes, seguindo sua direção. Ao ouvi-lo, somos orientados sobre como entrar no mundo de outra pessoa e amá-la. À medida que experimentamos ser conhecidos e amados por Deus, não precisamos mais nos apegar à ilusão de nossa própria superioridade, e ficamos livres para conhecer e amar os outros como companheiros e portadores da imagem divina.
Acima de tudo, devemos nos esforçar para seguir o maior mandamento das Escrituras: “Ame o Senhor, seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de toda a sua mente” (Mateus 22.37, NVT). Se tivermos esse tipo de devoção e entendermos, mesmo que limitadamente, uma pequena porção do amor de nosso Pai por aqueles que ele criou, o segundo maior mandamento – “Ame o seu próximo como a si mesmo” (Mateus 22.39) – se tornará cada vez mais natural. Se tivermos esse tipo de devoção, isso mudará a maneira como interagimos com outras pessoas no contexto cultural diversificado do nosso mundo. Amar nosso próximo como a nós mesmos significa que reservaremos um tempo para entrar em seu mundo e conectar com sua alma.
O cuidado ao questionar
Precisamos, antes de fazer nossas perguntas, ter a certeza de que elas são respeitosas. Qual o motivo de nossas indagações? Conectarmo-nos verdadeiramente ou apenas obter informações que nos são úteis? Podemos simplesmente estar com as pessoas e esperar que elas compartilhem conosco. Tive de aprender a importância de me sentar em silêncio com elas por longos períodos sem questioná-las sobre qualquer assunto. Outro ponto: ao fazermos as perguntas, elas precisam ser formuladas com amor e no momento apropriado.
É preciso construir confiança antes de fazer perguntas mais sensíveis e profundas. É recomendável observar primeiro e, só depois, perguntar o porquê. Embora queiramos saber os motivos pelos quais as pessoas fazem o que fazem, elas próprias podem não saber os motivos. Precisamos apreciar e aceitar o mistério de não ter todas as perguntas respondidas. Eu tinha uma amiga com quem me encontrava semanalmente como minha tutora cultural. Em minha curiosidade de aprender sobre sua religião, eu fazia muitas perguntas. Depois de alguns meses, ela finalmente falou: “Por favor, não me faça mais perguntas”. Fiquei desapontada, achei que havia perdido o meu recurso para obter as informações que desejava. No entanto, aprendi a aprender com ela sem fazer tantas perguntas diretas. Também entendi que um dos motivos de sua relutância em responder era que ela estava com medo de me dar uma resposta errada; algo proibido em sua religião.
Como começamos a conectar alma com alma?
Temos prazer em nos interessar pela vida dos outros e abrir nossas vidas para eles, assim como eles abrem suas vidas para nós. Isso envolve compartilhar sentimentos. Leva tempo. Exige sacrifício. Envolve ouvir muito. É preciso fazer perguntas no momento certo, pelo motivo certo, não apenas por curiosidade ou para pesquisa.
Parker Palmer sugere que:
A mente destreinada dos tempos pré-modernos não confiava em observações factuais e análise lógica, mas nas faculdades subjetivas de emoção, intuição e fé. Essas formas de conhecimento não produzem um mundo para ser mantido ao nosso alcance, manipulado e possuído.[2]
Direcionamos todo o nosso ser para amar, cuidar e conhecer. Acredito que Parker Palmer, ao usar na frase acima o termo mente destreinada, não está sugerindo que as pessoas eram menos inteligentes, mas sim que tinham uma abordagem que se baseava fortemente em fatos e análises em vez de em outros aspectos como admiração, sentimentos, sonhos e imaginação. Essas também são áreas importantes a ser exploradas à medida que conhecemos outras pessoas. Por exemplo, perguntas como “Quais são seus sonhos?” podem conduzir a algumas conversas muito significativas.
Uma postura humilde
Atravessar pontes e paredes físicas, pessoais ou imaginárias, para amar meu próximo como a mim mesmo, exigirá a atitude certa. Precisamos tratar o outro como tendo sido criado à imagem de Deus. Precisamos ir em direção a eles e aceitá-los como pessoas que queremos incluir em nosso círculo de relacionamento. Nossos preconceitos precisam desaparecer. Precisamos evitar ficar empolgados com mensagens ou palavras que achamos que precisamos compartilhar, e desenvolver a arte de ouvir (ou seja, falar menos e ouvir mais). SIM, é preciso humildade, paciência, coragem e muito tempo para realmente ter uma postura de “amar os outros como a si mesmo”.
Para conhecer povos de outra cultura, devemos nos revestir de um tipo especial de humildade; humildade cultural. As educadoras médicas Melanie Tervalon e Jann Murray-García descrevem esse tipo de conduta como “um processo que requer humildade, à medida que os indivíduos se envolvem continuamente em autorreflexão e autocrítica, sendo ensináveis e profissionais reflexivos ao longo da vida”[3] à medida que se relacionam com pacientes de culturas diferentes da sua.
A humildade cultural envolve o desenvolvimento de um conjunto específico de estratégias e habilidades. Você poderá refletir sobre o uso delas no teste ao final deste artigo. Isso o ajudará a identificar seus pontos fortes e a se conscientizar das áreas de sua vida que ainda podem ser melhor desenvolvidas para seu crescimento pessoal.
Tirando nossos óculos etnocêntricos
Uma nova colega de trabalho ficou aborrecida porque as mulheres na cultura em que morávamos tinham de cobrir a cabeça. Estava decidida a dizer a elas para removerem os véus e serem livres, até que eu expliquei que, em vez de ser um símbolo de opressão, as mulheres recebiam mais respeito e honra por conta de tal atitude, além disso, elas realmente gostavam de expressar seu próprio estilo ao usá-los. Se tivermos um pensamento etnocêntrico e acreditarmos que nossa cultura e nossos modos de agir são melhores do que os dos outros, isso nos cegará para a beleza da outra cultura. Isso impedirá que vejamos a bela maneira como se desenvolveu a cultura em que vivem. Precisamos nos arrepender de qualquer pensamento de que pessoas de uma cultura, religião ou origem diferentes das nossas são más porque não se parecem, creem ou agem como nós. A menos que tiremos nossos óculos de condenação e julgamento, nosso espírito negativo será uma barreira para amar, aprender e honrar verdadeiramente as pessoas. Sim, pode haver atos-eventos dentro da cultura de outra pessoa que podem não refletir os valores do reino de Deus, mas se formos realmente abertos e refletirmos sobre nossa própria cultura, perceberemos que nela também há atos-eventos que precisam ser transformados.
O que fazemos com o que aprendemos?
Aquilo que aprendemos ao cruzar pontes culturais é um grande tesouro, e pode ser útil se compartilharmos com outras pessoas para que ganhem novas percepções. Claro que precisamos ter certeza de não passar informações confidenciais sem permissão. Ao atravessarmos uma ponte cultural, será útil trabalhar com alguém que viva do outro lado para nos ajudar a escrever o que aprendemos, sejam histórias, poemas, entrevistas, blogs, páginas da web, podcasts, estudos de caso ou dados de pesquisa. Dessa forma, eles têm a honra de contar sua própria história. Seria interessante fazer isso em conjunto com alguma pessoa da cultura anfitriã para que ela também participe da narrativa. Eu admiro e respeito a SIL [SIL International – Language Technology], que faz muitos de seus projetos em parcerias como essa. Aprecio, particularmente, a ideia de preparar um dicionário comunitário em que os membros da comunidade são convidados a adicionar palavras ao seu próprio dicionário. Você pode verificar o software recomendado para isso no site indicado nas notas a seguir.[4]
Uma amiga que estava trabalhando transculturalmente compartilhou uma história comigo. Ela serviu junto com um colega local em um projeto de pesquisa que documentava o sucesso de crianças que começaram sua educação em escolas de vilarejos. Foi uma experiência maravilhosa de colaboração, pois a estrangeira estava muito ciente de que, sem sua colega local abrindo portas de relacionamento com a comunidade e dando contribuições sobre o que era importante saber, o projeto não teria sido possível. O observador local viu o valor da pesquisa que estava sendo feita, e ficou feliz em ver como o sucesso do programa de alfabetização, bem como os jovens de sua comunidade, estavam sendo reconhecidos. Foi uma época de crescimento mútuo em amizade e respeito. Ao final do projeto, foram reconhecidos e homenageados todos os integrantes do grupo linguístico que ajudaram a obter as informações, e partilharam suas experiências e impressões. Esse é um excelente exemplo em que todos aqueles que contribuíram foram honrados.
Participação da comunidade
Tenho percebido que conhecer pessoas de outra cultura é mais eficaz quando uma equipe ou grupo trabalha com o mesmo objetivo tendo em vista o aprendizado em comum. Se eu conheço apenas uma pessoa, ainda não conheço o povo. A perspectiva que tenho daquela pessoa certamente é diferente da que têm meus colegas de equipe que também a conhecem. Certa vez, fiz parte de uma equipe que trabalhava intencionalmente para conhecer grupos familiares. Visitávamos as famílias em grupos, e, após cada visita, compartilhávamos o que havíamos aprendido. É incrível como diferentes ouvidos, olhos e competências linguísticas podem compreender em graus diversificados de profundidade e amplitude, trazendo uma maior riqueza de conhecimento. Palmer faz o seguinte comentário:
No conhecimento verdadeiro, o conhecedor torna-se coparticipante de uma comunidade de relacionamentos fiéis com outras pessoas, criaturas e ocorrências, com tudo que nosso conhecimento torna conhecido. Encontramos a verdade ao afirmarmos nossa fé, e o conhecimento se torna um conjunto de pessoas separadas cujo vínculo principal não é o da lógica, mas o do amor.[5]
Essa é a imagem de um povo unido construindo pontes.
Superando distrações
São tantas as atividades que nos impedem de estar com pessoas de outras culturas e de conhecê-las com uma visão plena. Até mesmo o tempo que passamos aprendendo em livros, explorando conceitos ou escrevendo e lendo artigos sobre teorias de como cruzar pontes podem nos distrair de realmente gastar tempo praticando. Se é realmente importante para nós aprendermos a amar os outros, se levamos a sério a construção de pontes culturais, então priorizaremos o tempo investido exatamente nisso. Quando as distrações ameaçam ocupar nosso tempo, precisamos nos lembrar de que “amar o nosso próximo como a nós mesmos” deve ter precedência sobre muitas outras tarefas importantes. Com isso em mente, ao longo dos anos achei útil incluir um horário de visita em minha agenda. Antes de sair para visitar, eu orava e perguntava a Deus com quem ele gostaria que eu gastasse tempo naquele dia, e então eu ia em frente. Para minha surpresa, de vez em quando as pessoas diziam: “Eu sabia que você viria hoje”, e tínhamos um tempo muito precioso juntos.
Desafio
Considere o seguinte:
- Quem é meu vizinho transcultural?
- O que mais preciso fazer para construir pontes culturais?
- Faça agora o que chamamos de “Avaliação da humildade cultural” (a seguir). Que áreas você gostaria de mudar de “ocasionalmente” ou “nunca” para “frequentemente”? Escreva os pontos nos quais você precisa trabalhar. Reveja esses pontos de ação e faça novamente a “Avaliação da humildade cultural” depois de seis meses para monitorar seu progresso. Encontre um tutor/mentor com quem você possa conversar sobre os resultados do seu teste.
- Peça ao Senhor para ajudá-lo a desenvolver suas habilidades de construção de pontes culturais e a crescer nas áreas de humildade cultural em que você está deficiente.
- Peça a ele para ajudá-lo a “amar o Senhor seu Deus de todo o seu coração, alma e mente, e seu próximo como a si mesmo” (Mt 22.37).
Neste mundo diversificado, a maioria de nós tem oportunidades à nossa porta para construir pontes culturais. Que possamos ser fortalecidos para usá-las e, assim, ver belas conexões sendo construídas.
Sobre a autora
Miriam Sinclair (pseudônimo) é uma obreira transcultural de longa data no sudeste da Ásia. Ela também apoiou obreiros transculturais internacionais em sua jornada de aprendizagem de línguas e cultura para o ministério cosmopolita. Ela treinou obreiros e líderes para que progredissem em todos os aspectos de sua vida e ministério. Miriam é motivada pela curiosidade, amor e paixão por ajudar as pessoas a terem um relacionamento pessoal com um Deus amoroso.
Avaliação da humildade cultural[6]
Esta avaliação não é para você dar uma nota a si mesmo, mas para ajudá-lo a identificar áreas nas quais pode /deve melhorar (veja a interpretação após a tabela).
Instruções
Leia cada afirmação e responda com (F) frequentemente, (O) ocasionalmente, (N) nunca ou (NA) não aplicável.
Número de vezes que escrevi:
(F) Frequentemente ___
(O) Ocasionalmente ___
(N) Nunca ___
Interpretação
Se você respondeu honestamente, reflita sobra os pontos em que colocou “ocasionalmente” ou “nunca”. Encontre maneiras para, no futiro, poder responder com “frequentemente”.
[1] Parker Palmer, To Know as We Are Known: Education as a Spiritual Journey (Harper and Row, San Francisco, 1983), 23. [Conhecer Como Somos Conhecidos – A Educação Como Jornada Espiritual, Ed. Unimep]
[2] Palmer, To Know, 25.
[3] Melanie Tervalon and Jann Murray-García, “Cultural Humility versus Cultural Competence: A Critical Distinction in Defining Physician Training Outcomes in Multicultural Education”, Journal of Health Care for the Poor and Undeserved 9, no. 2 (Maio 1998), 117, https://melanietervalon.com/wp-content/uploads/2013/08/CulturalHumility_Tervalon-and-Murray-Garcia-Article.pdf.
[4] SIL’s Language Software Community: https://community.software.sil.org/c/wesay/l/top.
[5] Palmer, To Know, 32.
[6] “Avaliação da humildade cultural” criada por Miriam Sinclair para treinamento e desenvolvimento em 26 de abril de 2018.
Esse artigo foi extraído da publicação EMQ (Evangelical Missions Quarterly), edição de Julho-Setembro de 2021 (Volume 57-3), da Missio Nexus. Título em inglês: “Practing Cultural Humility”. A tradução e a republicação pelo Martureo foram devidamente autorizadas.