Brasil e o ministério de pesquisa missionária
por Rodrigo Tinoco
O ministério de pesquisa missionária abençoa a Igreja Brasileira. Podemos rastrear suas ações desde a década de 70. Uma das primeiras atividades descritas constitui-se no envio de dados globais por meios de diversos ministérios internacionais. Esse movimento nos auxiliou, por exemplo, a entender os desafios missionários e também a mobilizar as igrejas para o envio de missionários nacionais além-mar. Uma segunda importante ação identificada no início do movimento de pesquisa missionária no País, deu-se justamente à onda de missionários estrangeiros dentro do Brasil, estes fazendo, compartilhando aprendizados e mentoreando brasileiros em pesquisa. Concomitantemente, observava-se a ocorrência de iniciativas nacionais de pesquisa em diferentes áreas, sendo estas fortalecidas pelo movimento de missionários de outras nações. Destaca-se iniciativas de pesquisa em saturação de igrejas, crescimento de igrejas, ações missionárias entre povos não alcançados, sociolinguística, dentre muitas outras.
Em 2011, no boletim CMIW 1, número 1, na seção “Quem é quem”, um brasileiro foi entrevistado. Nos lembramos bem disso porque aquele representava um momento promissor para o ministério de pesquisa dentro do Brasil. Desde então, Deus enviou uma nova geração de pessoas que ouviram Seu chamado para este ministério. Temos visto várias organizações missionárias iniciarem departamentos de pesquisa. A Associação de Missões Transculturais Brasileiras (AMTB), uma aliança que reúne mais de 100 organizações brasileiras, tem o seu próprio departamento de pesquisa. Tal visão, de formalização dos processos, contribui para o fomento do movimento de pesquisadores no Brasil.
Em 2018, uma nova conquista. Nasce no país a Aliança de Pesquisadores em Missão (APeM), uma rede de brasileiros envolvidos com informações para missões. A APeM tem como objetivo promover o diálogo dos indivíduos envolvidos com a pesquisa missionária, colaborando com o Reino de Deus e Sua missão. Como em todo movimento orgânico, os membros da aliança estão aprendendo como colaborar uns com os outros e promover novas iniciativas. O foco inicial tem sido aprimorar e aprofundar os relacionamentos entre os membros.
Particularmente, Deus tem me motivado por meio de duas vivências. A primeira, por conversas e pelo cuidado entre os brasileiros envolvidos no ministério de pesquisa. Nem sempre as coisas acontecem como gostaríamos e saber que não estamos sozinhos nos alegra. A segunda, é poder ver e acompanhar uma comunidade global de pessoas envolvidas no ministério de pesquisa. Saber que Deus tem levantado homens e mulheres em todo mundo nos encoraja.
Ao longo dessa construção de um movimento de pesquisa missionária no Brasil sabemos que estamos trabalhando em consonância com irmãos de outros locais em nossa região. Temos visto várias iniciativas acontecerem ao nosso redor em toda a América Latina, sendo algumas destas coordenadas pela Cooperação Missionária Ibero-americana (COMIBAN), uma aliança de grupos ou redes nacionais de missões de vinte e cinco países da Ibero-América. Outros empreendimentos são coordenados por organizações nacionais dos diversos países do continente. Nesse contexto, os brasileiros têm podido aprender e compartilhar os conhecimentos. Como nacionais envolvidos em informações para missões temos uma grande jornada. Uma jornada para aprender, para fortalecer o que já conhecemos e para sermos criativos com os próximos passos.
São tantos os desafios e as possibilidades que vejo o próprio Deus nos ensinado a usar as habilidades dadas por Ele. Nossa esperança é que o nosso relacionamento com Jesus continue nos direcionando sobre como participar, por meio deste ministério, da Missão de Deus. Relato um pouco do que temos visto por aqui. Sabemos que Deus tem usado você e uma comunidade perto de vocês. Compartilhe sua experiência conosco.
Rodrigo Tinoco (RodrigoTinocoBR@gmail.com) tem servido como Coordenador de Informações na FVPO deste 2019. Ele é um entusiasta da mordomia (gestão) do conhecimento. Rodrigo e sua esposa Sarah trabalharam por 10 anos nos USA e na Asia servindo com tecnologias em dados para ministérios. Hoje vivem em Brasília e têm quatro filhos