O cristianismo tem de provar a validade de seus ensinos pela aferição científica?

Reflexão cristã acerca da epistemologia de Immanuel Kant e suas implicações para o testemunho cristão

Rafael Zulato Langraff

Introdução

Segundo Timothy Keller, a agenda da missão urbana inclui acolher pessoas não cristãs e saber conversar (não oferecendo respostas moralistas) sobre assuntos tais como a aceitação de verdades bíblicas que não passam pelo crivo da ciência. Daí a relevância deste artigo.

Entre as obras do filósofo iluminista Immanuel Kant, a mais famosa é a Crítica da razão pura publicada em 1781. Ela não somente se tornou o cerne da filosofia em sua época como rompeu as barreiras do iluminismo sendo, ainda nos dias atuais, a base da compreensão acerca do conhecimento.

“Na esfera da epistemologia[1], [o iluminismo] gerou o que é chamado método analítico de conhecimento, que forma o coração do método científico.” Diversos filósofos deste período se tornaram verdadeiros “inimigos de Deus”, pois “concluíram que a ‘hipótese de Deus’ não é mais necessária para explicar os fatos do universo e da vida humana”.[2]

Kant certamente foi o mais proeminente filósofo iluminista ao possibilitar o rompimento do pensamento científico moderno com a teologia cristã que predominara até então. “Kant é importante não apenas por criar uma nova síntese de racionalismo e empirismo, mas também por destruir a clássica síntese a que Tomás de Aquino chegara em sua teologia natural”[3] que, por sua vez, separava a revelação especial de Deus – a qual é dependente da fé – da revelação natural apresentada na criação e percebida pela experiência empírica. No entanto, Tomás de Aquino, diferentemente de Kant, defendia a racionalidade da fé cristã e, portanto, a possibilidade do conhecimento da existência de Deus por meio da razão.

Immanuel Kant resumiu o tema central do iluminismo na famosa expressão: ‘Ouse saber’. Era um chamado para que se tivesse coragem de pensar por si mesmo, testar tudo à luz da razão e da consciência, ousar questionar até mesmo as tradições mais sagradas. Essa firme determinação ainda está em vigor como talvez o enfoque central da nossa cultura, do que está acontecendo agora em todas as partes do mundo sob o nome de ‘modernização’. Qualquer tentativa de afirmar e defender a fé cristã dentro de nossa visão de mundo científica moderna tem necessariamente de responder às perguntas que o iluminismo fez à tradição e à autoridade da tradição.[4]

As pressuposições da filosofia de Kant afetam diretamente a pregação do cristianismo uma vez que colocam em xeque a possibilidade do conhecimento de Deus e, caso tais teorias sejam acatadas, obrigam o cristão a ajustar o conteúdo da pregação aos moldes do que é aceito como racional pelo iluminista. No entanto, seria a epistemologia kantiana imune à crítica? Quais argumentos e refutações podem ser levantados pela filosofia cristã contra a epistemologia iluminista de Immanuel Kant? O conhecimento científico é superior ao conhecimento cristão ao ponto de poder classificar Deus como mera especulação possível, mas não provável? Analisemos primeiro os argumentos da epistemologia kantiana.

1. A epistemologia kantiana

A síntese proposta por Kant entre racionalismo e empirismo afirma que o conhecimento está fundamentado na experiência (nesse ponto, ele concorda com os filósofos empiristas). No entanto, ele considera ainda a existência de um conhecimento a priori –existem conhecimentos anteriores à experiência que são racionais e axiomáticos, isto é, incontestáveis. Um exemplo disso está na matemática: afirmar que 2 + 4 = 6 não necessita de uma experiência empírica separando duas quantias de algum objeto para somá-la a outras quatro. Ainda que tal experiência ajude a evidenciar a verdade, o resultado pode ser constatado como conhecimento a priori.

Desse modo, o conhecimento é um processo cooperativo entre os sentidos e a mente, o que Kant denomina de intuições puras de espaço e tempo. Não é possível perceber o espaço e o tempo por meio de nossos sentidos, por isso, sem tal intuição, veríamos o mundo como um bloco único sem profundidade ou distinção, o que consistiria em um estado caótico de sensações ininteligíveis e sem sentido. A intuição de espaço e tempo permite a individualização das informações percebidas pelos nossos sentidos, organizando e identificando cada uma delas. Digamos que você abra a janela de sua casa e veja um canteiro com flores que exalam seu perfume trazido até você por uma leve brisa refrescante apesar do calor do sol que lança seus raios na janela onde você está. Sem a intuição espaço tempo, Kant afirma que o que teríamos não seria a experiência descrita, mas algo como canteirofloresperfumebrisarefrescantecalorraiodesol. É a mente que dá unidade à diversidade captada pela experiência sensorial.[5]

Outra característica da epistemologia kantiana está na separação do conhecimento em dois reinos: o conhecimento do mundo fenomenal e o do mundo numenal. O conhecimento aceito pelo filósofo iluminista limita-se ao campo da experiência empírica, isto é, o que podemos captar por nossos sentidos. A realidade que podemos experimentar pela percepção sensorial está no mundo fenomenal. A palavra fenômeno deriva de um termo grego que significa manifesto. Desse modo, o mundo fenomenal diz respeito ao que é manifestado ou evidente aos sentidos humanos. “Assim, o mundo fenomenal é o mundo das aparências ou o mundo como o experimentamos com os sentidos.”[6]

Kant atribui ao mundo numenal o que não pode ser conhecido de forma empírica: a moralidade, a liberdade humana e Deus. Assim, Kant afirma que Deus não pode ser percebido de forma racional, pois ele não faz parte dos sentidos múltiplos.[7]

O objeto de estudo da ciência é o mundo fenomenal, e o campo numenal torna-se apenas especulativo. Assim, Kant afirma que não pode se pronunciar acerca de Deus ou de outros aspectos do conhecimento do mundo numenal. Kant e grande parte dos filósofos iluministas não negaram a possibilidade da existência de Deus, mas limitaram a religião a um sistema de regras de conduta válidas para a sociedade que não consiste necessariamente em verdades metafísicas. Em suma, o iluminismo restringiu a religião ao campo moral. Os historiadores Will e Ariel Durant apresentam um bom exemplo da postura iluminista acerca do cristianismo nas palavras de Renan, um agnóstico francês de 1866 que, apesar de não crer em Deus, matriculou seu filho em uma escola cristã sob o seguinte argumento:

Deixe-nos usufruir da liberdade dos filhos de Deus, mas deixe-nos cuidar para que não nos tornemos cúmplices na diminuição da virtude que ameaçaria a sociedade se o cristianismo fosse fraco.[8]

A conclusão de Kant e do iluminismo é que não se pode dizer com certeza se Deus existe, mas, deve-se viver como se ele existisse, pois isso é eticamente saudável para a vida em sociedade, e o bem-estar resultante da moralidade cristã é a única coisa que pode ser comprovada pela experiência empírica a respeito de Deus e do cristianismo.

2. Reflexão cristã

Infelizmente o cristianismo se deixou influenciar pelos conceitos kantianos de dualismo no campo do conhecimento. Lesslie Newbigin observa que “o século 18 foi, acima de tudo, a época em que foi feita a tentativa de mostrar que o cristianismo era aceitável dentro dos limites da razão e sem ter de recorrer à revelação”.[9]

Ao lidarmos com os conceitos de conhecimento aceitos no mundo contemporâneo, é possível extrapolarmos para dois extremos opostos: o fideísmo e o racionalismo. O fideísmo é “caracterizado pela negação – ou talvez pela tentativa de negação – de qualquer evidência, fundamento ou argumento racional que possa servir de garantia ou aval para o conhecimento de Deus”. Já o racionalismo tende ao outro extremo ao se esforçar “para encontrar razões, evidências ou indícios que sirvam para fundamentar o conhecimento de Deus”.[10] Em ambos os casos (fideísmo e racionalismo) observamos a adesão à epistemologia kantiana e sua proposta de rompimento entre fé e razão. Enquanto o fideísta acusa o racionalista de negligenciar a fé, o racionalista acredita não ser necessário, possível ou razoável o conhecimento verdadeiro por meio da fé, uma vez que considera como racional apenas o conhecimento empírico do mundo fundamental e limita a fé à mera percepção abstrata do mundo numenal.

O argumento da teologia natural de Tomás de Aquino acerca da racionalidade da fé está fundamentado nas palavras do apóstolo Paulo de que o conhecimento de Deus é possível mediante a revelação dada pelo próprio Deus a partir da criação. Em Romanos 1.19,20, Paulo afirma que o homem é indesculpável ao afirmar não conhecer a Deus,

porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem e claramente se veem pelas coisas que estão criadas.[11]

Uma vez que aceitamos que Deus se revela por meio da criação, podemos ainda suscitar a questão de uma possível inferioridade do conhecimento mediado em relação ao conhecimento direto. Na primeira carta de Paulo aos Coríntios 13.12, lemos: “Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido”.[12] Com base nesse texto, Jonas Madureira chama a atenção para o fato de que todo o conhecimento humano é mediado de alguma forma. Nossa limitação humana não permite nenhuma forma de conhecimento direto. O ser humano não pode, por exemplo, contemplar o próprio rosto sem a mediação de um espelho ou câmera.[13] Segue que o fato de o conhecimento de Deus ser mediado não o difere do conhecimento que Kant denomina como sendo do mundo fundamental. A epistemologia kantiana confunde-se ao considerar válido apenas o conhecimento exclusivamente adquirido por meios empíricos. Assim, uma vez que não é possível estudar a Deus por meio de métodos científicos, não podemos afirmar conhecê-lo. No entanto, ignora-se que a própria percepção empírica consiste em uma mediação para o conhecimento.

C. Sproul comenta o texto bíblico de Paulo aos Romanos contrapondo-o com a epistemologia de Kant:

Para Paulo, o que é numenal pode e é conhecido pelo que é fundamental. Se Kant está correto em sua crítica, então Paulo está errado. Inversamente, se Paulo está certo em sua assertiva, Kant está errado. Os dois não podem estar certos.[14]

Sproul acerta em contrapor a epistemologia kantiana e a teologia paulina, mas comete o erro de aceitar o pressuposto de Kant e limitar Deus ao mundo numenal.

3. Ciência e religião

Para o filósofo Alvin Plantinga, “há um conflito superficial, mas uma concordância profunda entre a ciência e a crença teísta”.[15] Segundo ele, as diferenças objetivas entre a ciência e o cristianismo não se contradizem, apenas possuem abordagens diferentes para encontrar a mesma verdade.

Não temos a expectativa de que a ciência nos diga se o trinitarismo cristão, por exemplo, é verdadeiro: esse assunto não lhe diz respeito (do mesmo modo, não faz sentido afirmar que, agora que temos a ciência, não precisamos de outras fontes de conhecimento, como a religião. Isso é análogo a afirmar que, agora que temos geladeiras, motosserras e patins de rodas, não precisamos mais de Mozart). (…) Embora a ciência seja uma tentativa de descobrir verdades importantes sobre nós e nosso mundo, não é a única, pois há outras maneiras pelas quais as pessoas procuram descobrir tais verdades.[16]

Lesslie Newbigin destaca que “em qualquer investigação, as respostas que obtemos dependerão das perguntas que fazemos”.[17] Segundo ele, “o sucesso das ciências naturais nos últimos trezentos anos deve-se a elas terem se concentrado em investigar a relação de causa e efeito entre os acontecimentos e deixar de lado a questão do propósito”.[18]

Um objeto inanimado, como uma máquina, pode ter um propósito, mas é o propósito de quem a projetou, não um propósito próprio. Se eu me deparar com uma máquina ou equipamento e não tiver a menor ideia do seu propósito, é claro que posso desmontá-lo e descobrir exatamente como funciona. Porém, isso não explicará para que ele serve. O projetista ou alguém que sabe usá-lo bem para o propósito para o qual foi projetado terá de me dizer. Será preciso uma comunicação pessoal. Se eu quiser usar bem a máquina, terei de confiar nele, pelo menos provisoriamente, e testá-la. E se o que foi projetado tem por objetivo salvar a vida de um desastre – por exemplo, um paraquedas –, minha decisão de confiar ou não será uma decisão de vida ou morte.[19]

Newbigin destaca ainda “as diferentes abordagens de aprendizagem que são usadas atualmente na ciência e na religião”.[20] Com base no “ouse saber” de Kant – citado na introdução deste artigo – é comum, ao se referir à religião, dizer:

  • ser necessário julgar aquilo que a religião defende como verdade,
  • que qualquer sugestão de aceitação de conhecimento transferido ou fundamentado apenas na autoridade da tradição[21] torna-se arbitrariedade.

O religioso deve, então, criticar e discernir os dogmas encontrando razões para a crença. O iluminismo repudia a religião ao afirmar que ela ocorre em uma esfera de tradição, enquanto a ciência teria a racionalidade como pilar. Obedecer a Deus somente porque ele assim o exige – como defende o cristianismo – torna Deus um ditador.[22] No entanto, ao se tratar do conhecimento científico, a abordagem é drasticamente alterada. A autoridade da tradição, nesse caso, não é somente aceita, é recomendável. Nenhum aluno de biologia ou física é encorajado a questionar as verdades que lhe são ensinadas pelo seu professor nos primeiros anos de escola. De igual modo, não se deve questionar o que o livro de matemática ensina. Um estudante de ciência deverá se colocar ao lado de seu professor ou de um cientista experiente e observá-lo para aprender a questionar. “Será por meio da observação desse cientista no trabalho, vendo como ele resolve dificuldades, escolhe linhas de pesquisa, avalia evidências ambíguas e elabora ideias novas e originais que o estudante aprenderá a habilidade de pesquisa”.[23] Newbigin cita Michael Polanyi ao afirmar que “a autoridade da ciência é essencialmente tradicional”.[24] Segue que “devemos examinar o dogma que sustenta essa rejeição do dogma. A suposição geralmente aceita de que a dúvida é mais intelectualmente respeitável que a aceitação de um credo é a que deve ser criticada”.[25]

Lesslie Newbigin destaca que não existe uma “razão desincorporada que possa agir como árbitro imparcial entre as alegações rivais”. Segue que não existe o que Kant denomina de razão pura. Toda preposição declarada como puramente racional está embasada em uma tradição histórica, social e cultural. “Não há ‘verdades da razão’ exceto aquelas que foram desenvolvidas numa tradição histórica”. É preciso questionar a abordagem feita atualmente acerca do conhecimento cristão entendendo que a crítica contemporânea é feita com base em uma tradição iluminista que já tem por ponto de partida a rejeição da religião como conhecimento racional. Segundo Newbigin,

(…) quando razão e tradição se opõem como critérios distintos ou rivais da verdade, então a natureza da razão está sendo mal interpretada. Todo exercício da razão depende de uma tradição social e linguística que é, portanto, algo que tem o caráter acidental e contingente de todos os acontecimentos históricos.[26]

Ao rejeitar a tradição do dualismo entre fé e razão da epistemologia kantiana e apresentar o conceito de tradição como fator comum entre ciência, cristianismo e qualquer outra fonte de conhecimento verdadeiro, Newbigin questiona o ensino anglicano em que Escritura, tradição e razão formam as três fontes da fé cristã. Segundo ele, “a tradição não é uma fonte à parte da revelação da Escritura”.[27] Não podemos compreender as Escrituras como separadas da tradição. O estudo das Escrituras ocorre necessariamente em uma tradição contínua na história de interpretação. “Seria igualmente inadequado falar de razão como se ela fosse uma terceira fonte do verdadeiro conhecimento”,[28] afinal, não compreendemos a tradição nem tampouco as Escrituras sem o uso da razão.

A razão é uma faculdade com a qual procuramos apreender os diferentes elementos na nossa experiência de uma maneira ordenada para que, como costumamos dizer, eles façam sentido.[29]

Portanto, a razão não está em oposição à fé religiosa, nem tampouco a ciência ocorre emancipada da tradição histórica. Tanto a filosofia kantiana está ligada à uma tradição iluminista quanto a fé cristã utiliza da razão para que seus dogmas tenham significado para os homens.

Conclusão

Devido à disseminação da filosofia iluminista, atualmente é popularmente aceito que o único conhecimento válido e verdadeiro é aquele definido pelos métodos científicos. Basta dizer que algo é “cientificamente comprovado” para ser aceito como verdade. Uma vez que os métodos científicos empíricos são limitados para atingir o conhecimento de Deus, defende-se que a fé cristã não pode ser provada. Ao adotar tais pressupostos, muitos cristãos assumem uma postura ressentida, e creem que há limitações no conhecimento oferecido pelo cristianismo, entendendo a fé separada da racionalidade. Como consequência, deixam de comunicar com autoridade o conhecimento de Deus como sendo verdadeiro e não somente possível ou improvável.

Segue que a ênfase do testemunho cristão assume aspectos práticos e sociais, e abandona sua autoridade em afirmar o que é real e verdadeiro no sentido metafísico. Limitar o cristianismo à esfera moral é perigoso. Uma vez que o cristianismo se torna apenas um meio para um objetivo, rapidamente outros meios são propostos. Como consequência, vemos hoje a defesa pelo moralmente correto desprendida dos ensinos bíblicos. É aceito, por exemplo, que amar o próximo é algo bom, mas tal verdade não é mais constatada pelo ensino bíblico, mas pela experiência social. O cristianismo passa a ter de provar a validade de seus ensinos pela aferição científica.

A fé cristã é racional e o conhecimento pautado na revelação de Deus é tão possível quanto o que a ciência moderna afirma conhecer por meio da experiência empírica. A ciência, por sua vez, é dependente da tradição histórica e cultural tanto quanto – ou mais – a religião. Destarte, a teoria moderna de que a fé deve ser desprendida da razão e, portanto, a fé não é um processo racional, está fundamentado na tradição da ciência empírica com raízes iluministas, e não em constatações de uma “razão pura”. Logo, podemos ter segurança e ousadia no ensino e pregação do evangelho de Cristo, tendo a revelação de Deus como fonte válida de conhecimento e a fé cristã como racional.

 

Sobre o autor
Rafael Zulato Langraff é bacharel em Teologia com especializações em Sociologia e Filosofia, além de acumular formação na área musical. Professor em alguns seminários, também é escritor.

 

Referências

DURANT, Will & Ariel. 12 lições da história para entender o mundo. Barueri: Faro, 2018

MADUREIRA, Jonas. Inteligência humilhada. São Paulo: Vida Nova, 2017

NEWBIGIN, Lesslie. O evangelho em uma sociedade pluralista. Viçosa: Ultimato, 2016

PLANTINGA, Alvin. Ciência, religião e naturalismo: onde está o conflito. São Paulo: Geral, 2018

SCHAEFFER, Francis. O Deus que se revela. São Paulo: Cultura Cristã, 2007

SPROUL, R. C. Filosofia para iniciantes. São Paulo: Vida Nova, 2002

 

[1] Epistemologia é a matéria da filosofia que estuda a natureza do conhecimento. O termo vem das palavras gregas epistême (conhecimento) e logia (estudo). É importante destacar que “buscar conhecimento” é diferente de criar “teorias acerca do conhecimento”. As filosofias epistemológicas buscam responder questões como “o que é conhecimento?”, “o que conhecemos?” ou “como conhecemos?”.

[2] SPROUL, R. C. Filosofia para iniciantes. São Paulo, 2002, p.116.

[3] SPROUL, p.115.

[4] NEWBIGIN, Lesslie. O evangelho em uma sociedade pluralista. Viçosa, 2016, p.61.

[5] SPROUL, p.119.

[6] Ibid.

[7] Ibid.

[8] DURANT, Will & Ariel. 12 lições da história para entender o mundo. Barueri, 2018, p.53.

[9] NEWBIGIN, p.77.

[10] MADUREIRA, Jonas. Inteligência humilhada. São Paulo, 2017, p.25.

[11] Bíblia. Tradução: Almeida Revista e Corrigida, 1997.

[12] Ibid.

[13] MADUREIRA, p.41.

[14] SPROUL, p.121.

[15] PLANTINGA, Alvin. Ciência, religião e naturalismo: onde está o conflito. São Paulo, 2018, p.306.

[16] PLANTINGA, p.239.

[17] NEWBIGIN, p.31.

[18] Ibid.

[19] (NEWBIGIN, p.32) O argumento de Lesslie Newbigin está fundamentado no argumento teleológico da existência de Deus, que consiste na observação de que o mundo apresenta sinais claros de ordenação e propósito e, logo, um projeto necessita de um projetista. É muito difícil defender a hipótese de um propósito acidental. O próprio Kant, ao discutir acerca do argumento teleológico, afirma que Deus é uma ideia reguladora útil.

[20] NEWBIGIN, p.64

[21] Lesslie Newbigin entende por autoridade da tradição todo conhecimento acumulado, reconhecido e transmitido no decorrer da história. A cultura e a linguagem são exemplos dessa autoridade formada pela tradição e necessárias como ferramentas para o desenvolvimento do conhecimento.

[22] NEWBIGIN, p.64.

[23] NEWBIGIN, p.68.

[24] NEWBIGIN, p.66; cf. POLANYI, Knowing and Being, p.66.

[25] NEWBIGIN, p.34.

[26] Ibid.

[27] NEWBIGIN, p.78.

[28] Ibid.

[29] Ibid.

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