Nossos irmãos na Tailândia
- 09/04/2020
- Postado por: Martureo
- Categoria: Blog
Pandemia dá a Tiago e Mila Gomides oportunidades para testemunho
Há 7 meses, o casal Tiago e Mila Gomides, junto com a pequena Sophia (3), está na Tailândia – país com pouco menos de 70 milhões de habitantes cuja maioria da população é budista – como testemunha do Senhor Jesus Cristo. Eles moram em Lopburi, distante cerca de 2 horas de carro de Bangkok, e atuam ali com a organização OMF Internacional com foco em plantação de igrejas.
Desde o final de março, por conta da pandemia de coronavírus, foi declarado estado de emergência no país, e a população foi orientada a ficar em casa por 30 dias, em princípio. Com isso, o estudo da língua local a que se dedicam no momento passou a ser via vídeo, mas não parou. “Está muito quente, cerca de 45 graus, e boa parte da população vive em lugares muito pequenos, além de muitos trabalharem na informalidade para o sustento diário e sem a proteção de um sistema social. É uma situação, em parte, muito semelhante à do Brasil”, explica Mila. “Tanto que muitos ainda continuam vendendo coisas na rua, e vemos as pessoas do lado de fora porque é praticamente impossível ficar dentro de um único cômodo.”
A crise (e seus desdobramentos) não alterou não apenas a forma como aprendem o tailandês no momento. A alta do dólar, que passa dos 5 reais, tem um impacto significativo no sustento da família, que perdeu, só na conversão, cerca de 1500 dólares por mês, sem contar os apoiadores que não estão conseguindo realizar os depósitos. “É importante a igreja brasileira estar atenta à situação dos missionários transculturais. Os irmãos e igrejas que têm condições devem aumentar o valor das ofertas enviadas para o sustento dessas famílias”, desafia Marcos Amado, Diretor do Martureo e um dos membros do conselho da Sepal.
De outro lado, a crise provocada pela pandemia tem permitido que Tiago e Mila, bem como outros missionários, atuem em outras frentes. “Há líderes de igrejas locais, pastores e irmãos em Cristo em nossa província que estão sem alimento. Estamos dividindo o que temos com quem mais precisa e doando cestas básicas”, conta a missionária. “Também organizamos uma arrecadação de itens tais como fraldas, arroz e máscaras de proteção e os levamos ao asilo. No hospital, além de máscaras, entregamos aos funcionários, principalmente aos da limpeza, comida, folhetos contextualizados, mensagens de esperança permeadas de arte. Fizemos o mesmo em um mercado aqui próximo.”
Ainda segundo os Gomides, a crise leva muito medo aos tailandeses por conta das crenças que eles têm em relação aos espíritos e demônios. Para se ter ideia, o gênero terror é o mais assistido pela população, e rituais de proteção são extremamente comuns. “Eles não conhecem o Deus todo poderoso que nos protege em amor”, explica Mila.
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