‘Grupos Culturais Homogêneos’: realidade ou ilusão? – Texto 1

Quão válida ainda é essa abordagem à luz do debate antropológico sobre identidade social no século 21?

Marcos Amado

O conceito de ‘Grupos Culturais Homogêneos’ teve (e ainda tem) tremendo impacto nos cristãos que, de alguma forma, estão (ou estiveram) envolvidos no trabalho missionário.

Considerando que essa abordagem começou a se espalhar pelo mundo há mais de quarenta anos, é natural nos perguntarmos se ela ainda é relevante hoje.

A publicação EMQ (Evangelical Missions Quarterly) de outubro – dezembro de 2020, da Missio Nexus, dedicou-se exclusivamente ao tema, e boa parte dos textos desta série do Martureo sobre a abordagem missiológica baseada no conceito de ‘Grupos Culturais Homogêneos’ foi dela extraído. O a seguir, contudo, não faz parte da edição da EMQ citada.

Quão válida é a abordagem missiológica de ‘Grupos Culturais Homogêneos’ à luz do debate antropológico sobre identidade social?

O que é a abordagem de ‘Grupos Culturais Homogêneos’?

‘Grupos Culturais Homogêneos’ (ou ‘Grupo de Povos’ – na tradução literal do termo em inglês ‘People Group’ – ou ainda ‘Grupos Étnicos’ ou até mesmo ‘Povos não Alcançados’) é um conceito que se desenvolveu a partir do Homogeneous Unit Principle – HUP [Princípio da Unidade Homogênea], e foi desenvolvido pelo missionário e missiólogo norte-americano Donald McGavran. Ele nasceu na Índia, de pais missionários norte-americanos, e mais tarde tornou-se missionário no subcontinente indiano. Depois de muitos anos, McGavran foi para os Estados Unidos, e fundou a School of World Mission [Escola de Missão Mundial] e a School of Church Growth [Escola de Crescimento da Igreja] no Fuller Theological Seminary, em Pasadena, Califórnia.

A preocupação básica do HUP era remover os obstáculos desnecessários que poderiam impedir as pessoas de se tornarem cristãs. Segundo McGavran, é “… um fato normal, natural e inocente as pessoas gostarem de estar com outras pessoas de sua própria espécie”.[2] Portanto, as pessoas deveriam ter a oportunidade de “se tornarem cristãs sem precisar cruzar as barreiras raciais, linguísticas ou de classe”.[3] Assim, a melhor forma de se conseguir isso seria encontrar as unidades homogêneas de pessoas “nas quais todos os membros têm alguma característica em comum (…), um segmento da sociedade cuja característica comum seja uma cultura ou uma língua” [4], e trabalhar exclusivamente entre esse segmento até que uma igreja seja estabelecida.

Taber, ao resumir as principais características do HUP, afirma que:

(a) o princípio insiste que as pessoas vivem em grupos delimitados (tribos, castas, grupos étnicos, grupos raciais, classes sociais); (b) seus modos de vida (isto é, suas culturas), suas atitudes e suas preferências também são limitados; (c) portanto, deve-se evangelizá-las abordando cada grupo isoladamente de todos os demais grupos, e promover o crescimento de uma igreja separada dentro de cada grupo, em vez de tentar incorporar pessoas de vários grupos em uma igreja mista. [5]

Outro aspecto muito importante do HUP é a interpretação dada às palavras gregas panta ta ethne [todas as nações] encontradas em Mateus 28.19. De acordo com McGavran e outros missiologistas baseados em Pasadena, a melhor interpretação do texto é entendê-lo como dizendo que os cristãos deveriam ir a todos os diferentes grupos étnicos do mundo e tratá-los como unidades homogêneas separadas.[6]

Peter Wagner (há muito associado ao movimento Church Growth [Crescimento da Igreja]) é da opinião que Jesus não aceitou o gadareno[7] para fazer parte de seu grupo de discípulos porque ele pertencia a um grupo homogêneo diferente. A mesma explicação é usada por Wagner para justificar o fato de Jesus ter falado de forma tão brusca com a mulher siro-fenícia: a estratégia de Jesus era o princípio da unidade homogênea.[8] Yamamoto, defendendo a linha de pensamento de McGavran, diz que o que Jesus realmente quis dizer em Mateus 28.19 foi: “Vá, discipule todas as unidades étnicas, todos os não judeus, todos os gentios”.[9]

Como isso evoluiu?

Foi na década de 1960 que o HUP começou a se enraizar nos Estados Unidos e também em diferentes partes do mundo. Em 1974, no Congresso Internacional de Evangelização Mundial em Lausanne (Suíça), organizado pela Associação Evangelística Billy Graham, o conceito de ‘Grupos Culturais Homogêneos’ surgiu e evoluiu (principalmente pela influência de Ralph Winter), até se tornar parte essencial do documento final conhecido como Pacto de Lausanne.[10] Em 1980, com a publicação do livro Operation World [Operação Mundo], de Patrick Johnstone, a ideia de ‘Grupos Culturais Homogêneos’ foi “popularizada” e, eventualmente, outras iniciativas e termos como o ‘Movimento Adote um Povo’, ‘Janela 10/40’[11] e o ‘AD2000 & Beyond Movement’[12] passaram a existir.

Não é fácil medir o impacto exato que as ideias de McGavran (e os desdobramentos subsequentes mencionados acima) tiveram nos esforços de evangelização em todo o mundo, mas restam poucas dúvidas de que a sua influência foi muito significativa. Como exemplo, vale a pena mencionar a estratégia DAWN (Discipling a Whole Nation [Discipulando uma Nação Inteira]), do ministério Saturation Church Planting [Plantação de Igrejas por Saturação]. Essa visão estava preocupada em “ver o Cristo encarnado presente no meio de cada pequena unidade da população em um Povo não Alcançado (…)” [13], e, até 1997, dizia-se que podiam se ver mais de 20 mil igrejas iniciadas nas Filipinas como resultado desse esforço.[14]

É importante notar, no entanto, que o HUP, e posteriormente o conceito de ‘Grupos Culturais Homogêneos’, não surgiu do nada. Suas raízes estão claramente fincadas na missiologia do século 19 e nas Ciências Sociais, como se verá a seguir.

O histórico da abordagem baseada em ‘Grupos Culturais Homogêneos’

Na época em que o nacionalismo alemão finalmente conseguiu dar à luz um estado único (1871), e o povo alemão se entusiasmava com o orgulho nacionalista, os missiólogos alemães já “enfatizavam a distinção de cada povo, de cada cultura, de cada língua, de cada instituição”[15], em contraposição ao que os missionários do mundo anglófono procuravam fazer, ou seja, apressar “o processo de ocidentalização dos povos não ocidentais do mundo”.[16] Durante o mesmo período, o missiólogo alemão Gustav Warneck já estava interpretando o termo panta ta ethne “em um sentido distributivo, isto é, entendenfo ‘todos os povos’ como cada um deles sendo uma unidade”. Portanto, não seria errado considerar Warneck um dos precursores da abordagem de ‘Grupos Culturais Homogêneos’.

É de fato surpreendente ver a posição adotada pelos missiologistas alemães, principalmente considerando que, durante o mesmo período, as ideias do evolucionismo cultural, como as propagadas por Herbert Spencer (que considerava que era “um direito das pessoas superiores e principalmente das classes e sociedades superiores dominar as inferiores, e até mesmo, se a competição levasse a esse fim, eliminá-las”[17]), ainda estavam em voga.

O evolucionismo[18] – como forma de explicar as diferenças encontradas nas diferentes etnias – deu lugar ao historicismo e suas duas subcategorias: difusionismo e particularismo histórico. Franz Boas foi o principal expoente do particularismo histórico. Ele foi o primeiro a usar o termo culturas (plural) em vez de cultura (singular), e se recusou a aceitar a ideia de uma cultura humana em evolução. Ele introduziu a noção de relativismo cultural, era contra a crença de que uma raça pudesse ser superior a outra, e enfatizou que “muitas culturas (…) desenvolveram-se independentemente, cada uma baseada em seu próprio conjunto particular de circunstâncias, como geografia, clima, recursos e empréstimo cultural”.[19] Portanto, as culturas individuais tiveram que ser estudadas em seu contexto histórico particular para serem totalmente compreendidas. De acordo com Burnett, Boas “e seus alunos influenciaram Donald McGavran, que desenvolveu o movimento Church Growth [Crescimento da Igreja] com a suposição do Princípio da Unidade Homogênea”.[20]

No entanto, foi realmente o funcionalismo malinowskiano que causou um grande impacto na missiologia de McGavran. Funcionalistas defendem que:

  • Todos os elementos de uma cultura servem para satisfazer as necessidades culturalmente definidas das pessoas ou da sociedade. Portanto, se certas características de uma determinada cultura estão cumprindo seu propósito para aquele grupo específico de pessoas, elas devem ser perpetuadas.
  • Ao mesmo tempo, um aspecto específico da cultura pode ser compreendido “ao se identificar sua função na atual operação contemporânea dessa cultura” [21], e não em seu contexto histórico.
  • Cada uma das diferentes culturas ao redor do mundo é “distinta, limitada e independente”.[22]
  • Mudanças na cultura não são bem-vindas, e são vistas como um desvio do que é suposto ser normal dentro do grupo.

Essas características podem ser vistas claramente na abordagem de ‘Grupos Culturais Homogêneos’, e isso atraiu grandes críticas de diferentes pessoas, como Taber[23] e McClintock[24].

O atual debate antropológico sobre identidade social

A antropologia há muito se afastou do funcionalismo. Passou pelo estruturalismo, e chegou ao pós-modernismo com o objetivo de desconstruir pressupostos anteriores.

Como Taber afirma,

A antropologia foi muito além do funcionalismo puro para redescobrir os fatos da difusão e aculturação, a permeabilidade e instabilidade das fronteiras culturais, o fato da mudança de cultura, a importância das condições materiais de existência, o fato da migração, o fato da modernização, o fato de urbanização, e uma série de outros fenômenos do mundo contemporâneo.[25]

Cohen – ao perguntar “como descolonização, globalização, informação e mobilidade afetaram as relatividades de diferentes identidades”, ou se “a identidade [é] meramente transitória e efêmera”, ou se o grupo tem identidade ou identidades, ou mesmo se “algumas identidades [são] mais autênticas do que outras” – pode, de fato, ter dado uma indicação clara de que o debate atual sobre identidade social reconhece o quão fluido é todo esse conceito.

Giannakos, no início de seu artigo sobre identidade social e religiosa, enfatiza essa ideia, mencionando que inicia a discussão

(…) com a premissa de que a identidade social de um indivíduo é múltipla e multidimensional, correspondendo a diferentes níveis de interação social e circunstâncias ambientais. Tal premissa implica que um indivíduo pode possivelmente se identificar com mais de um grupo social, e que o grau de intensidade de cada manifestação de identidade varia de local para local e de tempos em tempos, dependendo da percepção de um indivíduo sobre as origens e o propósito de sua identidade.[26]

Corroborando essa posição, Baumann, em seu estudo sobre identidade na cidade multiétnica de Southall, nos arredores de Londres, menciona que dentre os ‘southallians’ “a mesma pessoa pode (…) ser classificada como membro de meia dúzia de comunidades, cada qual creditada com sua própria cultura reificada”, e essa mesma pessoa pode ter “tantas comunidades e culturas quanto um sociólogo conseguiria distinguir papéis”. [27]

Assim, parece que, pelo menos para uma série de estudiosos sociais, no mundo de hoje a identidade social não pode ser tomada como algo estático e facilmente identificável. Ela possui muitas facetas, é fluida e não deixa muito espaço para se esperar fidelidade para com apenas um grupo específico de pessoas, o que torna a possibilidade de se trabalhar com ‘povos’ ou grupos étnicos com fronteiras claras e bem delimitadas (unidades homogêneas) uma tarefa ainda mais difícil do que era no passado.

A abordagem de ‘Grupos Culturais Homogêneos’ ainda é válida?

À luz do que foi visto anteriormente, é claro que, se no início do século 20 a ideia de grupos de povos como unidades homogêneas era uma possibilidade rara (devido ao colonialismo, às empreitadas missionárias de diferentes movimentos religiosos, às rotas comerciais, migração etc.), no século 21 (com a vertiginosa proliferação da TV por satélite, internet, telefones celulares, computadores, vôos baratos e outros desenvolvimentos modernos), isso é ainda mais. As “teias de relacionamento” mencionadas por McGavran[28] vão muito além de supostas fronteiras culturais e geográficas.

Isso não significa que, em determinadas circunstâncias – como em uma favela brasileira, por exemplo, que é um segmento nítido da sociedade –, seria inválido um esforço missionário dedicado às pessoas que vivem naquela área da cidade. Entretanto, mesmo nessa situação, os envolvidos no trabalho deveriam levar em consideração o fato de que o mesmo grupo cultural homogêneo teria sua identidade derivada de uma série de relações intergrupais, não devendo ser considerado uma unidade autônoma com limites bem definidos, como funcionalistas e aqueles que defendem a abordagem de ‘Grupos Culturais Homogêneos’ gostariam de pressupor.

Além disso, quando olhamos para o mundo atual em rápida transformação, vemos que o rompimento das fronteiras étnicas e geográficas está se tornando cada vez mais comum, como nos casos das ex-repúblicas soviéticas, da Irlanda do Norte, da Alemanha, do Iraque, de Ruanda e de vários outros lugares ao redor do globo. Acrescente-se ainda o irrefutável processo de globalização, por meio do qual a música, os filmes, as grandes marcas de produtos, as empresas transnacionais e os diferentes valores morais e éticos ligados a essas ‘realidades’ estão transformando o mundo em um lugar muito mais complexo, criando novas identidades e destruindo outras.

Portanto, qualquer estratégia missiológica que não leve em conta esses aspectos e se baseie “muito fortemente no funcionalismo (…) parecerá extremamente ultrapassada e ingênua, mesmo para áreas relativamente isoladas como da Amazônia e as terras altas de Papua Nova Guiné”[29], e certamente correrá o risco de ser irrelevante.

Conclusão

Apesar de a abordagem de ‘Grupos Culturais Homogêneos’ ter tido impacto significativo na missiologia moderna, o fato de a sua base teórica repousar fortemente sobre o funcionalismo e suas ideias de culturas sendo distintas, limitadas e autocontidas impõe limitações claras à sua aplicabilidade no mundo de hoje.

À luz do atual debate sobre identidade social – que defende, provavelmente mais do que nunca, um conceito multifacetado e fluido –, a abordagem de ‘Grupos Culturais Homogêneos’ pode se tornar irrelevante, pois as sociedades em todo o mundo continuam mudando devido à enorme influência da globalização, que ocorre em uma velocidade estonteante nas asas das tecnologias modernas e da disponibilidade dos meios de comunicação e de transporte acessíveis.

 

Bibliografia

Baumann, G., Contesting Culture (Cambridge: Cambridge University Press, 1996), pp. 1-36, 188-204.

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Burnett, D., Aspects of Social Anthropology, Manuscrito não publicado (ANCC, Ware: 2004).

Cohen, P. (ed.), Signifying Identities – Anthropological perspectives on boundaries and contested values (London: Routledge, 2000), pp. 3-13.

Giannakos, S., “Church and State: Social and Religious Identity in Southeast Europe”, em Harvard International Review, Volume 25:4 (2004).

Hesselgrave, D.J.; Yamamori, T., “Meaning of the Great Commission”, em Evangelical Missions Quarterly, vol. 15:4 (October 1979).

Kynaston, J., A Book Critique on the Writings of Donald Anderson McGavran, manuscrito não publicado (ANCC, Ware: 1986).

McClintock, W., “Sociological Critique of the Homogeneous Unit Principle”, em International Review of Mission, vol. 77 (Geneva: CWME, 1998).

McGavran, D.; Arn, W., How to Grow a Church (California: G/L Publications, 1973).

Taber, C., The World Is Too Much With Us (Georgia: Mercer University Press, 2003).

Winter, R. (ed.), Perspectives on the World Christian Movement (Pasadena: William Carey Library, 1999), pp. 260-261, 323-338, 509-523, 606-607.

http://www.daveburnett.org/protected/courses/anthropology/society.htm

http://www.gospelcom.net/lcwe/LOP/lop01.htm

http://www.gospelcom.net/lcwe/statements/covenant.html

 

 

[2] McGavran, D.; Arn, W., How to Grow a Church (California: G/L Publications, 1973), p. 46.

[3] http://www.gospelcom.net/lcwe/LOP/lop01.htm

[4] McClintock, W., “Sociological Critique of the Homogeneous Unit Principle”, em International Review of Mission, vol. 77 (Geneva: CWME, 1998), p. 108.

[5] Taber, C., The World Is Too Much With Us (Georgia: Mercer University Press, 2003), p. 143.

[6] Está fora do escopo deste artigo discutir se essa interpretação é biblicamente correta ou não. No entanto, vários estudiosos cristãos, incluindo David Bosch (ver Bosch, “The Structure of Mission”), não concordam com McGavran.

[7] Marcos 5.18-20.

[8] Bosch, D., “The Structure of Mission: An Exposition of Matthew 28.16-20”, em Exploring Church Growth, ed. Shenk, W. (Grand Rapids: Eerdmans, 1983), pp. 218-226.

[9] Hesselgrave, D.J.; Yamamori, T., “Meaning of the Great Commission”, em Evangelical Missions Quarterly, vol. 15:4 (Outubro 1979).

[10] http://www.gospelcom.net/lcwe/statements/covenant.html, no tópico ‘The Urgency of the Evangelistic Task’.

[11] Região geográfica onde a maioria dos chamados grupos de povos não alcançados (alguns usam a sigla GPNAs ao se referir a eles) se encontram. Essa área retangular compreende regiões do norte da África, Oriente Médio e Ásia entre os paralelos 10 e 40 ao norte do Equador (N. do E.).

[12] As datas foram retiradas de http://www.daveburnett.org/protected/courses/anthropology/society.htm e das notas de aula de novembro de 2004, proferidas por David Burnett, no All Nations Christian College, Ware, Herts, Reino Unido.

[13] Montgomery, J., “His Glory Made Visible”, em Winter, Perspectives, p. 606.

[14] Ibid., p. 607.

[15] Taber, The World, p. 78.

[16] Ibid.

[17] Ibid., p. 41.

[18] Sir Edward Burnett Tylor e Sir James Frazer também foram importantes expoentes do evolucionismo cultural.

[19] Burnett, D., Aspects of Social Anthropology (Unpublished Manuscript, 2004), p. 6.

[20] Ibid.

[21] Ibid., p. 7.

[22] Taber, The World, p. 99.

[23] Ibid., pp. 105-108, 135-142, 143-144.

[24] McClintock, “Sociological”, pp. 110-111.

[25] Taber, The World, p. 144.

[26] Giannakos, S., “Church and State: Social and Religious Identity in Southeast Europe”, em The Harvard International Review, Volume 25:4 (2004), 52.

[27] Baumann, G., Contesting Culture (Cambridge: Cambridge University Press, 1996), p. 23.

[28] McClintock, “Sociological”, p. 110.

[29] Taber, The World, p. 144.

 

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