Crescendo Intencionalmente em 2024

Estamos finalizando 2023 e iniciando 2024! É tempo de avaliações, mas também de planejamento. Rapidamente, avaliamos ou refazemos nossos planejamentos ministeriais. Porém, o crescimento ministerial começa com meu crescimento pessoal em todas as áreas. Dizemos que um discípulo de Jesus deve querer crescer intencionalmente de forma acelerada, e assim o ministério poderá crescer também. A maioria das pessoas que identificam áreas onde querem crescer (comum ao início do ano) pouco crescem intencionalmente. Às vezes crescem, às vezes não. Na maioria das vezes, ao final do ano, nem lembram as áreas que escolheram, muito menos seus planos de ação (se os criaram). Se cresceram, foi acidentalmente, não intencionalmente.

Quando as pessoas não se comprometem com ações que formam hábitos, dificilmente experimentam mudanças profundas a nível de caráter. Isso torna comum repetir enfoques nas mesmas áreas de crescimento ano após ano ou migrar para outros enfoques sem nunca experimentar verdadeiro crescimento nas áreas que escolheu. Mudanças na área do caráter são quase impossíveis de medir e muito difíceis para saber se você realmente cresceu naquela área ao  final de um ano. Mas ações são visíveis e mensuráveis. Tiago diz: “mostre-me sua fé através de suas obras” (com ações concretas). O autor de Hebreus diz que as pessoas que não colocam em prática o que aprendem, ficam como crianças (Hb 5.10-14). Ações concretas repetidas fielmente formam hábitos. E hábitos formam caráter.

 

Passos para Mudanças que Permanecem

A seguir, proponho passos que nos ajudam a crescer intencionalmente, estabelecendo uma cultura de mudanças que permanecem em nossa vida:

1. Identificar as áreas onde quero crescer e sinto que Deus quer que eu cresça.
2. Desenvolver uma convicção divina meditando na Palavra e ouvindo a Deus em oração. Identificar passagens bíblicas-chave sobre cada área. Qual é o seu nível de motivação para mudar? À medida que aumentamos nossa motivação, provavelmente cresceremos. E se não aumentarmos, provavelmente não cresceremos. Se tivermos um encontro divino e Deus nos convencer de que está cansado de nos ver reclamar, há décadas, deste problema, desta aflição, pode ser que esse encontro divino nos leve a sentir um profundo e santo descontentamento. Isso pode nos levar a parar de contornar o problema e enfrentá-lo diretamente. Podemos nos tornar arrependidos e quebrantados. Uau! Se ganharmos motivação divina, realmente vamos mudar e vamos crescer! Possivelmente, pouco nos motiva tanto quanto ouvir Deus sobre o nosso problema. Se pedirmos a Ele que nos dê uma passagem ou passagens onde Ele fale aos nossos corações e à raiz do nosso problema, isso pode nos dar uma visão divina em vez de apenas queixas e insatisfações humanas.
3. Discernir impedimentos sérios, internos ou externos, para essa mudança. Quais são alguns que vêm à sua mente inicialmente? (2Co 10.4-6, 2Co 7.8-11). Existem boas razões por que não mudamos antes; se não entendermos isso, não conseguiremos mudar.
4. Faça uma tempestade de ideias para cada área, possivelmente com a ajuda de outras pessoas.
5. Crie um plano de ação, escolhendo ou adaptando as ideias que são ações visíveis e que pode fazer semanalmente. Cuide para não ter mais que um enfoque intelectual (leitura, estudo etc.) para ter um enfoque principal de ação e de criar hábitos (disciplinas). Um desejo de mudança sem um bom plano é apenas uma fantasia. Nesse plano, pode prever alguma iniciativa de “podar” sua vida para abrir espaço para um novo compromisso ou atividade que você queira fazer em 2024. Se sua área de crescimento for grande, importante ou séria, pense carinhosamente em procurar um mentor para lhe orientar e acompanhar. Um mentor pode lhe alavancar além do que você imaginaria (Ef 3.20).
6. Tenha um encontro divino. Ore e receba oração. Somos ingênuos ao pensar que apenas porque queremos mudar, sem que Deus entre em cena, vamos conseguir, quando não conseguimos por tantos anos. Quais seriam duas ou três pessoas que você gostaria que ministrassem para você em oração?
7. Identifique para quem prestar contas. Tem que ser alguém que lhe ama de forma especial e que tem um interesse sério em sua vida e crescimento. Mas, mesmo tendo identificado onde e como obedecer à Palavra, eu preciso de um contexto de relacionamentos com pessoas que caminham comigo neste processo de experimentar o poder transformador da palavra de Deus. Se não for desenvolvido (e praticado!) o hábito de prestar conta, não desenvolverá a frequência nas atitudes. E somente a frequência e a regularidade transformarão as atitudes em um hábito, capazes de mudar o comportamento e gerar o crescimento. Isso é um processo e não fruto de eventos pontuais, mas sim resultado de uma constância intencional, com prestação de contas sistemática, que, consequentemente, impactará nos (demais) comportamentos e relacionamentos, consolidando, desta maneira, o conceito de mudanças que permanecem.
8. Preste contas semanalmente. Uma forma de prestar contas é no início de cada semana, repassar seus planos de ação e procurar identificar onde ainda tem profundas falhas, ou algumas falhas junto com avanços ou ainda onde pode celebrar os avanços significativos. Por isso é tão importante caminhar em discipulado com companheiros que lhe confrontam e encorajam na caminhada.

Lembre-se:

1. Ações repetidas formam hábitos.
2. Hábitos formam caráter.
3. Uma vez que o caráter é formado, pode passar a enfocar novas áreas porque estas áreas já vão fazer parte de seu estilo de vida e continuarão naturalmente.

Um abençoado 2024 com muito crescimento em sua vida e ministério!