Resumo da Declaração de Seul, do Quarto Congresso de Lausanne
ATENÇÃO: este resumo não substitui o texto original. Em caso de divergências, o texto original é que tem a última palavra.
- O Evangelho: A História que Vivenciamos e Contamos
- Deus criou o universo: Deus criou uma realidade integrada e interdependente, tanto espiritual quanto material, carregada de significado e mistério. Tudo o que foi criado é bom e ordenado para a expansão e glória de Deus.
- Humanidade criada à imagem de Deus: Homens e mulheres foram criados à imagem de Deus, com a capacidade de se relacionar com Ele e uns com os outros, recebendo a responsabilidade de cuidar do mundo.
- Pecado e queda: Adão e Eva, ao se rebelarem contra Deus, trouxeram o pecado e a morte ao mundo. A humanidade, destinada a refletir a glória de Deus, agora está corrompida e distante da sua presença.
- Plano redentor de Deus: Apesar da queda, Deus, em Sua misericórdia, iniciou um plano de redenção, prometendo um Salvador que restauraria a humanidade e reconciliaria todos os povos com Ele.
- Nova criação: Através de Jesus Cristo, a obra de Deus é restaurar toda a criação. A ressurreição de Cristo é o início da nova criação, na qual os crentes são transformados e capacitados a viver em santidade e união com Deus.
- A Bíblia: As Escrituras Sagradas que Lemos e Ouvimos
- Bíblia como Palavra de Deus: A Bíblia é a autorrevelação de Deus, composta pelos 66 livros do Antigo e Novo Testamentos. Ela é descrita como o texto autoritativo, infalível e singular que reúne e governa o povo de Deus. A Bíblia é totalmente verdadeira e confiável, servindo como a norma suprema para a vida da igreja e orientando a fé e a prática cristã.
- Centralidade do Evangelho: A mensagem central da Bíblia é o evangelho do Reino de Deus, que se cumpre na encarnação, morte, ressurreição e ascensão de Jesus Cristo. Toda a Escritura deve ser lida e interpretada à luz desse evangelho, que oferece o perdão dos pecados e a vida eterna para aqueles que creem.
- Formação de discípulos: A Bíblia não é apenas um livro de doutrina, mas um instrumento de formação. O Espírito Santo usa as Escrituras para moldar os crentes à imagem de Cristo, formando um povo santo que obedece à vontade de Deus e vive em conformidade com o evangelho.
- Leitura fiel: A Declaração adverte que uma visão elevada da Bíblia não garante automaticamente uma interpretação fiel. Muitas vezes, interpretações conflitantes ameaçam a eficácia da igreja em seu testemunho da glória de Deus e da verdade do evangelho. Para evitar isso, a Bíblia deve ser lida com atenção ao contexto histórico, literário e canônico. A leitura precisa ser iluminada pelo Espírito Santo e guiada pela tradição interpretativa da igreja.
- Implicações de uma leitura equivocada: A Declaração reconhece que a leitura errônea da Bíblia pode enfraquecer o testemunho da igreja e distorcer sua missão. As interpretações inadequadas comprometem a unidade da igreja e podem levar ao afastamento do evangelho. Assim, ler a Bíblia fora de seu contexto ou sem o auxílio do Espírito Santo e da tradição da igreja pode gerar erros graves e impedir que a Escritura cumpra seu propósito de formar discípulos fiéis.
- Conexão com a tradição: A interpretação da Bíblia deve ocorrer em comunidade, respeitando a tradição da igreja ao longo dos séculos. A Declaração ressalta que a leitura da Bíblia é um processo que envolve a participação de toda a igreja, mantendo-se conectada à comunhão dos santos, que inclui cristãos de diferentes épocas e contextos, sempre guiados pelo mesmo Espírito e focados no mesmo evangelho.
- A Igreja: O Povo de Deus a Quem Amamos e Edificamos
- Comunhão dos santos: A igreja é a comunhão de todos os que estão em Cristo. Esta comunhão é uma dádiva de Deus, não uma criação humana. O Espírito Santo é quem une os crentes como um corpo, habitando entre eles.
- Una, Santa, Católica e Apostólica: A igreja é uma só, unida em Cristo, santa em sua vocação, universal (católica) em alcance e apostólica em doutrina, fundamentada no ensino dos apóstolos.
- Desafios externos e internos: A igreja enfrenta perseguições e ataques externos, mas seu maior desafio vem de dentro, quando ela se desvia da verdade do evangelho e da sua missão. A igreja é chamada a resistir às tentações do poder, do prestígio e dos prazeres mundanos.
- Crescimento através da adoração: A adoração é central para a identidade da igreja. A igreja se edifica ao reunir-se para adorar a Deus, proclamando Sua Palavra, celebrando os sacramentos e orando juntos. A adoração deve refletir a unidade e a santidade da igreja.
- A Pessoa Humana: A Imagem de Deus Criada e Restaurada
- Imagem de Deus: Todos os seres humanos são criados à imagem de Deus, o que lhes confere dignidade, igualdade e valor intrínsecos, independentemente de gênero, etnia ou status social.
- Impacto do pecado: O pecado distorceu a imagem de Deus na humanidade, afetando nossos relacionamentos, nossa identidade e nossa vocação de cuidar do mundo. Isso leva à desumanização e ao uso egoísta dos outros.
- Restauração em Cristo: Jesus Cristo é a imagem perfeita de Deus e o modelo para a restauração da humanidade. Em Cristo, a imagem de Deus é renovada nos crentes, que são transformados pelo Espírito Santo.
- Sexualidade humana: O ser humano foi criado como ser sexual, com distinção entre homem e mulher. O casamento é a aliança exclusiva entre um homem e uma mulher, e a intimidade sexual é reservada para este contexto.
- Vida de solteiro: Tanto o casamento quanto a vida de solteiro são igualmente válidos diante de Deus. A vida de solteiro oferece oportunidades específicas para o serviço a Deus e ao próximo, como foi exemplificado por Jesus e Paulo.
- Discipulado: Nosso Chamado à Santidade e Missão
- Ser discípulo: Um discípulo é alguém que vive de acordo com o evangelho de Cristo, moldado pela Sua encarnação, morte e ressurreição. A missão integral envolve tanto a proclamação do evangelho quanto o viver de acordo com seus valores.
- Fazer discípulos: Jesus ordenou à igreja que fizesse discípulos, ensinando-os a observar tudo o que Ele ordenou. A formação de discípulos inclui tanto a transformação individual quanto o fortalecimento da igreja local.
- Engajamento no mundo: Os discípulos de Cristo são chamados a estar profundamente envolvidos com o mundo, vivendo como testemunhas em meio à injustiça e ao pecado. Nossa missão é tanto proclamar quanto demonstrar o evangelho.
- Transformação contínua: O discipulado é um processo contínuo de transformação, onde a vida do crente é moldada pelo evangelho ao longo do tempo. A santidade é tanto um chamado quanto uma obra do Espírito em nós.
- Papel da igreja local: A igreja local tem um papel vital na formação de discípulos, ministrando os meios de graça (como a pregação, o batismo e a Ceia do Senhor) e proporcionando um ambiente de crescimento espiritual.
- A Criação: O Mundo de Deus que Cuidamos e Preservamos
- Deus como Criador: Toda a criação pertence a Deus, que a formou com propósito e ordem. A criação reflete a glória de Deus e deve ser cuidada de forma que glorifique o Criador.
- Chamado para cuidar: O ser humano recebeu de Deus o mandato de cuidar da criação, preservando-a e usando seus recursos de forma responsável. Este chamado inclui a administração do meio ambiente e a promoção da justiça ecológica.
- Sustentabilidade: A igreja é chamada a viver de forma que respeite a criação e promova a sustentabilidade. Isso inclui o uso responsável dos recursos e a defesa de práticas que preservem o meio ambiente para as futuras gerações.
- A Missão: Testemunho para as Nações
- A Grande Comissão: Jesus comissionou a igreja a proclamar o evangelho a todas as nações, fazendo discípulos e batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
- Missão integral: A missão da igreja envolve tanto a proclamação do evangelho quanto a demonstração prática da fé em ações de justiça, compaixão e serviço ao próximo.
- Futuro da missão: A missão de Deus é global e continuará até que todas as nações ouçam o evangelho. A igreja deve permanecer fiel ao seu chamado de testemunhar a Cristo em todos os lugares e para todas as gerações.
Este resumo (que foi revisado por quem já havia lido todo o documento) tem o objetivo de facilitar, mas não de substituir o documento original.