Martureo lança curso on-line de introdução à teologia da missão
EAD “A missão da igreja hoje” é baseado no livro homônimo de Michael Goheen
Marcos Amado
O curso on-line “A missão da igreja hoje – Uma introdução à teologia da Missão” já está disponível aqui. Baseado no livro homônimo de Michael Goheen, pode ser realizado sob demanda – você define o ritmo de estudo, ou seja, pode interromper e reiniciar os estudos a qualquer momento.
São doze aulas no total, sendo necessário investir cerca de 3 horas de estudo para cumprir a trilha de cada uma delas, que inclui:
- Vídeo introdutório;
- Texto-base;
- Leitura do respectivo capítulo do livro A Missão da Igreja Hoje;
- Videoaula ou vídeo(s) sobre algum assunto específico da aula;
- Conteúdo complementar obrigatório – artigo acadêmico, capítulos de livro ou vídeos que ampliam e problematizam os conceitos da aula;
- Conteúdo complementar extra (opcional);
- Questionário (perguntas de múltipla escolha).
Além do teor do livro-base, o curso aborda também o conteúdo de livros que estão no centro das discussões missiológicas de importantes instituições evangélicas de treinamento missionário ao redor do mundo: Missão Transformadora (David Bosch), O Evangelho em uma Sociedade Pluralista (Leslie Newbigin) e A Missão do Povo de Deus (Christopher Wright).
As aulas, ministradas pelos professores Christopher Wright, Marcos Amado, Rafael Langraff, Ricardo Moreira e Timóteo Carriker, não se restringem ao aspecto transcultural, tratam da abrangência da missão da igreja no século 21, sua complexidade e amplitude.
Como surgiu a ideia do curso?
O processo de gestação deste curso levou muitos anos. Suas origens estão na década de 1980, quando fui enviado junto com minha família pela Igreja Batista do Morumbi a um país árabe muçulmano do Norte da África. Mal sabia eu que era o início de um processo de aprendizado sobre o que a Bíblia nos diz sobre a missão do povo de Deus.
Passei por um longo treinamento missionário antes de ir para o campo, mas, aos poucos, percebi que o assunto é bem mais amplo do que eu imaginava. O conceito de evangelismo, discipulado e plantação de igrejas entre aqueles que ainda não tinham escutado o evangelho estava bem claro na minha mente e coração. Eu sabia da centralidade da proclamação, tinha sido bem-preparado, ou no mínimo alertado, sobre a importância da contextualização e da adaptação cultural. Tive contato com o conteúdo de missiólogos e antropólogos cristãos de renome como Paul Hiebert, Eugene Nida, Ralph Winter, entre tantos outros que tiveram impacto na minha vida e ministério.
Eu tinha plena convicção de que havia chegado o momento de a igreja brasileira cumprir seu papel na proclamação do evangelho entre os povos não alcançados. Era o kairós de Deus para isso. Aos poucos, contudo, percebi que a missão transcultural, com toda sua complexidade e beleza, é um dos aspectos do que Deus espera de nós como cristãos; há outros também muito importantes!
Ao estudar a teologia da missão de outros teólogos, paulatinamente compreendi a enormidade do privilégio e da responsabilidade de sermos embaixadores das boas-novas de que Deus está, em Cristo, reconciliando o cosmos para consigo mesmo.
Entendi que Deus tem uma missão, que é resgatar e restaurar todos os aspectos da sua criação que foram afetados pelo pecado. E ele nos convida a participar dessa missão como testemunhas do Senhor Jesus e de todo o seu ensinamento em todo o mundo (o que, obviamente, inclui o Brasil) e em todas as esferas da sociedade.
Precisamos de um novo paradigma missionário?
O curso “A missão da igreja hoje – Uma introdução à teologia da missão” ajuda justamente neste sentido: mostrar a abrangência da missão da igreja no século 21, sua complexidade e amplitude. A cada aula, somos levados pelas mãos, ou melhor, pelas ideias de diferentes missiólogos que nos ajudam a entender como “as placas tectônicas” ou as estruturas de plausibilidade que sustentam nossa sociedade foram bruscamente sacudidas nas últimas décadas e o que isso significa para a missão da igreja hoje, já que a própria igreja ao redor do mundo passou por fortes mudanças.
Considerando que o problema basilar do ser humano continua o mesmo desde a queda, e que Jesus e a salvação que ele oferece são os mesmos ontem, hoje e para todo o sempre, será que realmente precisamos, como sugerem alguns missiólogos, de um novo paradigma missionário que leve em conta essas transformações?
Para responder a essa e a outras perguntas, o curso mostra a importância de nos mantermos firmes no propósito de enviar missionários a todos os povos ainda não alcançados com o evangelho, mas vai além, mostrando as implicações de que “não existe”, como disse Abraham Kuyper, “um centímetro quadrado de todo o domínio da vida humana em que Cristo, o legítimo Senhor de todos, não proclame: ‘Isto é meu!’”.