Missões e o tráfico humano

A comunidade de missões globais pode realmente fazer a diferença nessa situação que se agravou com a crise da Covid-19

Sarah Scott Webb

Os economistas já estão sinalizando que uma crise econômica global se seguirá, algo do tipo que não acontecia desde a Grande Depressão dos anos 1920. O desemprego global deve atingir níveis sem precedentes. As empresas já estão entrando em colapso, e os meios de subsistência estão sendo perdidos. O último Relatório de Metas de Desenvolvimento de Sustentabilidade da ONU estima que “71 milhões de pessoas deverão ser empurradas de volta para a pobreza extrema em 2020, o primeiro aumento da pobreza global desde 1998”.[1] Sabemos que esta pandemia causará uma grave crise econômica global, da qual será necessário muito tempo para se recuperar.

Igualmente preocupante, todavia, é a crise global oculta que foi desencadeada por esta pandemia: a crise do tráfico humano que está surgindo à medida que a propagação continua.

Haverá milhões de homens, mulheres e crianças em risco de serem traficados, mais do que nunca.

Crise em expansão

Por muito tempo, as pesquisas mostram que as pessoas que vivenciam o seguinte estão particularmente sob o risco do tráfico de pessoas:

  • Trauma;
  • Conflito, violência ou outras crises de ordem social ou de saúde;
  • Discriminação;
  • Perda de renda e de meios de subsistência;
  • Violência doméstica.

Você perceberá que esses fatores estão em franco crescimento em todas as nações do mundo agora mesmo. Os dados já indicam que, após a Covid-19, haverá milhões de homens, mulheres e crianças em risco de serem traficados, mais do que nunca. As catástrofes econômicas e de saúde causadas pela pandemia (bem como a violência racial que varre o mundo ocidental aliada à xenofobia em outros lugares) estão se combinando para que se crie um ambiente devastadoramente ideal para o florescimento do tráfico. Haverá um tsunami de tráfico na esteira dessa crise viral associado às suas questões econômicas e sociais.

Embora essa previsão soe desanimadora, a comunidade de missões globais está fortemente posicionada para agir. Podemos proteger aqueles que ficaram vulneráveis por conta desta pandemia. Para tanto, precisamos priorizar a implantação de medidas práticas de proteção em torno das comunidades vulneráveis e em maior risco, especialmente as mais pobres.

Onde quer que haja pessoas vulneráveis, haverá traficantes de seres humanos.

Explicando o tráfico

O tráfico de pessoas é o comércio ilegal de pessoas contra sua vontade, para fins de exploração. Isso inclui trabalho forçado, trabalho infantil, casamento forçado, exploração sexual, tráfico de órgãos e bebês. É algo que acontece em todos os países do mundo.

Em sua essência, o tráfico humano lida com a exploração da vulnerabilidade. Antes do surto, estima-se que 40 milhões de homens, mulheres e crianças vulneráveis foram traficados para a escravidão – essa estatística irá aumentar dramaticamente nos próximos meses.

Vulnerabilidades expostas

O grupo de defesa Freedom United observou: “Está claro que os migrantes vulneráveis, incluindo as vítimas e sobreviventes da escravidão moderna e aqueles que não têm o direito legal de permanência em um país, estão sendo muito mais expostos ao risco do vírus e seus efeitos, bem como da exploração”.[2]

Os mais vulneráveis em nosso mundo estão sendo afetados de várias maneiras; o desemprego, a fome e a escassez de alimentos aumentam o estresse criado pela doença e pelo isolamento. A perda de renda e dos meios de subsistência deixará milhares de famílias em circunstâncias terríveis e perigosamente expostas a falsas ofertas de trabalho enquanto procuram por maneiras de sobreviver.

Os traficantes de seres humanos se aproveitam dessa vulnerabilidade. Eles trabalham intencionalmente em áreas afetadas por desastres ou crises, e atraem pessoas desesperadas com a promessa de uma vida melhor. Eles visam especificamente as pessoas que lutam contra a perda de renda, pobreza, despejo ou doença, e prometem a elas a chance de ganhar um bom dinheiro, uma educação, de encontrar o amor verdadeiro e de ajudar no sustento de suas famílias. Eles mentem, enganam e, às vezes, forçam essas pessoas a se colocarem em situações de exploração, abuso e escravidão das quais não conseguem escapar.

Portanto, onde quer que haja pessoas vulneráveis, ali haverá traficantes de seres humanos. Em crises de qualquer natureza – sejam conflitos, desastres naturais, violência generalizada ou emergências de saúde pública como a da Covid-19 –, haverá o aumento da vulnerabilidade, o que atrai traficantes de seres humanos como abutres.

Por exemplo, o surto de Ebola na África Ocidental (2014-16) foi seguido por picos significativos de abuso, exploração sexual, casamento forçado, gravidez na adolescência, violência contra crianças, trabalho infantil e outras formas de tráfico humano.[3] Aguardamos o surgimento de algo semelhante com a disseminação da Covid-19 e seu impacto social resultante, mas em uma escala global muito maior.

85 milhões de meninas e meninos em todo o mundo serão expostos à violência física, sexual e emocional nos próximos meses.

Tendências da exploração

As seguintes tendências já estão emergindo do impacto da Covid-19 em todo o mundo (não apenas em comunidades empobrecidas!).

Surgimento da exploração sexual on-line

Os confinamentos forçados em todo o mundo criaram um grande aumento na demanda por pornografia on-line. Isso, por sua vez, impulsionou a demanda por tráfico sexual de mulheres e crianças para a produção de mais conteúdo para sites pornográficos e um aumento significativo na transmissão ao vivo on-line de exploração e abuso sexual.

Muitas mulheres anteriormente traficadas para exploração sexual em bordéis foram agora forçadas a fazer shows ao vivo e a produzir conteúdo para pornografia on-line. O confinamento impossibilitou a fuga delas.

Também se criou um ambiente onde milhões de crianças tiveram maior acesso não supervisionado à Internet, deixando-as expostas a taxas crescentes de exploração sexual on-line e aliciamento por predadores sexuais.[4]

Os dados já indicam:

  • As denúncias de abuso sexual e infantil aumentaram rapidamente em todo o mundo.[5]
  • O consumo de pornografia disparou, especialmente a demanda por conteúdo pornográfico infantil.[6]
  • Desde o início do confinamento, houve aumento de 200% nas postagens em fóruns de abuso sexual de crianças com links para imagens e vídeos para download.[7]
  • Um aumento no número de pedófilos usando a mídia social para se conectar com os jovens e um aumento nos downloads de material sobre abuso sexual infantil.[8]
  • Os relatos de exploração sexual infantil aumentaram (em média) 30% em todo o mundo durante o primeiro grande período de confinamento.[9] Relatórios dos EUA indicam um aumento de 106%!
  • Os pedófilos estão encontrando novas maneiras de criar e explorar crianças on-line durante o confinamento.[10] Crianças emocionalmente vulneráveis – em todos os países – estão particularmente expostas a esse risco.

Taxas crescentes de violência

Muitos países em nosso mundo convivem com a realidade diária da violência racial e da agitação social, que continuará a aumentar como resultado da incerteza e do medo que a Covid-19 trouxe para muitos. Vimos como as tensões raciais aumentaram a partir das mortes injustas de americanos negros sob custódia policial.

As pressões e tensões da Covid-19, confinamentos e restrições de locomoção também estão criando um grande aumento na quantidade de violência doméstica relatada globalmente contra mulheres e crianças. A Visão Mundial prevê que mais 85 milhões de meninas e meninos em todo o mundo serão expostos à violência física, sexual e emocional nos próximos meses.[11]

A exposição à violência de qualquer tipo é um fator de risco significativo para o tráfico de pessoas.

Taxas crescentes de casamento forçado e trabalho infantil

À medida que os índices da Covid-19 aumentam [incluindo os das segundas ondas] em todo o mundo, fica evidente que as dificuldades causadas pela perda de renda e meios de subsistência estão resultando em um aumento de famílias que recorrem ao trabalho infantil e ao casamento infantil como fonte de renda.

Pesquisas mostraram anteriormente que o estresse financeiro é uma das principais causas do casamento infantil. Prevê-se que a Covid-19 causará mais 13 milhões de casamentos infantis nos próximos dez anos, e pelo menos mais 4 milhões de meninas casadas nos próximos 2 anos.[12]

O casamento forçado já é a segunda forma mais prevalente de tráfico de seres humanos. O fechamento de escolas como resultado da Covid-19 também contribuirá para um aumento do casamento forçado, uma vez que o casamento infantil precoce está associado à interrupção da escolaridade das meninas.[13] Também se prevê que a enorme interrupção global na educação causada por restrições de confinamento deva aumentar os números do trabalho infantil.[14]

O crescente trabalho forçado e a escravidão por dívidas

À medida que as dificuldades econômicas aumentam, prevê-se que milhões de homens, mulheres e crianças serão vítimas de traficantes de seres humanos que prometem trabalho e empregos decentes.[15]  Indivíduos e famílias vulneráveis que perderam seus empregos nas economias informais precisam urgentemente de fundos para a sobrevivência de suas famílias, mas com poucas economias e acesso limitado à proteção social, eles correrão grande risco de entrar em um maior endividamento, o que gera escravidão real.[16] Isso pode resultar em agiotas exploradores fornecendo crédito em troca de um membro da família, geralmente uma criança. Essa criança, então, passará o resto de sua vida trabalhando para pagar as dívidas de sua família.

O aumento do risco para trabalhadores migrantes

A escassez de empregos resultante da Covid-19 acarretará aumento dramático no número de pessoas que migram em busca de trabalho para a sobrevivência própria e de suas famílias. Antes da pandemia, os migrantes ilegais já corriam um risco particular de serem atraídos pelos traficantes com ofertas de emprego atraentes (falsas). Os traficantes maximizarão as oportunidades apresentadas pela Covid-19, e os trabalhadores migrantes correrão um risco ainda maior de serem traficados.

As pessoas continuarão correndo grande risco de serem traficadas até que suas necessidades básicas sejam atendidas.

Limitando a exposição

Isso pode parecer uma informação fantástica, mas a boa notícia é que a comunidade de missões globais pode realmente fazer a diferença nessa situação, e ajudar as igrejas locais (onde elas estiverem) a fazer o mesmo. Temos acesso ao conhecimento e aos recursos de que precisamos para enfrentar os desafios trazidos pela Covid-19.

Existem três coisas que podemos fazer para evitar que o tsunami do tráfico da Covid-19 afete nossas comunidades:

  1. Construir relacionamentos

Conheça pessoas que se enquadram no perfil de risco das pessoas suscetíveis ao tráfico de pessoas em suas comunidades locais. Apresente-as a membros de igrejas locais que podem ajudar a cercá-las de amigos carinhosos e solidários. Indivíduos isolados e desconectados correm maior risco de serem traficados. Se você não tem alguém cuidando de você, com quem possa discutir coisas como ofertas de emprego e que se preocupa com o seu bem-estar, é muito fácil ser vítima do tráfico de pessoas.

Ter uma família que dê suporte ou outro relacionamento de apoio com pessoas que cuidam de você é uma estratégia-chave da prevenção contra o tráfico. Ajudar pessoas vulneráveis ​​a identificar pessoas confiáveis com quem possam conversar, fazendo-as saber que são valorizadas e amadas como filhos de Deus, criando comunidade e companheirismo; tudo isso desempenha um papel importante na construção da resistência e da resiliência ao tráfico humano. Apoiada por obreiros missionários, a igreja local tem um papel fundamental a desempenhar aqui, tanto na construção dos relacionamentos quanto no cuidado para com os vulneráveis. Podemos fornecer recursos que encorajam e capacitam a igreja a fazer isso.

  1. Construir proteção

Estabeleça medidas de proteção práticas em torno das pessoas em risco em suas comunidades. As pessoas continuarão correndo grande risco de serem traficadas enquanto as suas necessidades básicas não forem atendidas. O desespero leva as pessoas vulneráveis a aceitar ofertas que normalmente não aceitariam, ou a tomar decisões que não gostariam de tomar. Garantir que as necessidades básicas sejam supridas é uma medida de proteção poderosa que podemos tomar para cuidar dos vulneráveis em nossas comunidades.

Essas medidas práticas de proteção podem incluir:

  • Acesso à escola;
  • Provisão de atendimento médico;
  • Garantias quanto à alimentação, provendo refeições e cestas básicas;
  • Um lugar seguro para se morar;
  • Inserção na comunidade, comunhão com outros;
  • Ensino de habilidades profissionais e treinamento para novas oportunidades.

Muitas organizações missionárias já estão engajadas em diversos ministérios práticos; precisamos entender que esses ministérios também servem como uma camada de proteção forte e válida para as pessoas vulneráveis. As missões que têm por fundamento uma abordagem de “toda a vida” (integral ou holística) em relação a missões já estão em uma posição privilegiada para implementar medidas de proteção práticas para manter as pessoas seguras que, de outra sorte, poderiam estar sob o risco do tráfico humano devido à saúde, economia e consequências sociais da Covid-19.

  1. Conscientização

Ensine conscientização sobre o tráfico e sobre segurança para as igrejas e para as comunidades em geral. Nossas comunidades precisam saber que o tráfico de pessoas está acontecendo, e que elas podem correr o risco de receber falsas ofertas de emprego e de ajuda. Precisamos ensinar sobre conscientização quanto a:

  • Como os traficantes agem;
  • O que fazer quando você percebe que alguém está tentando te aliciar;
  • Como migrar em segurança;
  • Como se manter seguro on-line.

Amplie seus contatos

Fique atento ao que está acontecendo em suas comunidades quanto ao aumento dos casos de violência doméstica, ao abuso, ao trauma e ao tráfico de pessoas. Descubra quem em sua comunidade corre mais risco. Quem perdeu seus rendimentos e meios de subsistência? Quem perdeu membros da família devido à Covid-19 ou outra doença? Quem está lutando contra o estresse familiar? O que eles precisam? Como você pode apoiá-los? Com quem você pode conectá-los? Eles correrão grande risco, a menos que suas necessidades básicas sejam atendidas.

Conecte-se com o For Freedom, o ministério global antitráfico da SIM International. Acesse o site http://forfreedom.sim.org ou entre em contato pelo e-mail intl.forfreedom@sim.org. A organização For Freedom pode ajudar fornecendo recursos, suporte, orientação estratégica ou treinamento sobre como proteger sua comunidade. Colocamo-nos como um recurso para você neste momento, e adoraríamos ter uma conversa via Zoom ou e-mail com você.

Seguem exemplos de maneiras como o ministério For Freedom pode ajudar você, ministérios ou igrejas a ampliar a consciência sobre os perigos do tráfico humano em seus contextos de ministério e esferas de influência:

  1. Faça o curso on-line For Freedom Basics. Leva de 45 a 60 minutos para ser concluído, e dará a você uma boa compreensão do que é o tráfico de pessoas e como podemos começar a combatê-lo.
  2. Ajude suas igrejas locais a alcançar os vulneráveis ​​em suas comunidades. Incentive-as a ver a construção de relacionamentos como um meio-chave de compartilhar o amor de Cristo com aqueles que precisam conhecê-lo. O For Freedom oferece acesso a recursos excelentes para ajudar as igrejas locais a proteger intencionalmente os vulneráveis ​​dentro de suas esferas de influência.
  3. Evite o tráfico e proteja as pessoas em risco com os recursos “Respondendo aos Vulneráveis” disponíveis no For Freedom. Eles ajudam a ensinar a sua comunidade sobre como se manter segura. Esses recursos incluem mensagens de proteção importantes sobre como prevenir o tráfico, segurança on-line, como encontrar um adulto confiável, migração segura, não seguir adiante com alguém que promete um ótimo trabalho etc.
  4. Mantenha a segurança on-line. Certifique-se de que as crianças e jovens de suas famílias, equipes e comunidades estejam seguros on-line. Entre em contato com o For Freedom e pergunte sobre os recursos “Respondendo à Próxima Geração”.

Continue exaltando

[A seguir está] um comentário final da Comissão de Missões da World Evangelical Alliance (WEA).

Uma postura de proteção para com os marginalizados, destituídos de poder e vulneráveis ​​é uma responsabilidade biblicamente ordenada dos privilegiados, capacitados e bem estabelecidos em qualquer sociedade. Os profetas do Antigo Testamento condenaram os privilegiados e poderosos por sua negligência para com os vulneráveis, e os escritores do Novo Testamento mantinham os seguidores de Cristo em um alto padrão quanto a cuidar uns dos outros e fazer o bem na sociedade em geral.

Deus é exaltado (louvado) quando o povo de Deus faz o que é certo, ama a misericórdia e anda humildemente com Deus (Miquéias 6.8). Quando alimentamos a nossa comunidade com a aliança em Cristo, com o nosso amor uns pelos outros, e abraçamos os que estão em risco de abuso, revelamos a unidade que é o testemunho para o mundo, para que eles saibam e creiam que o Pai amorosamente enviou o Filho (ver João 17.18-25). Esse é o objetivo das missões. Essa é uma boa notícia para as comunidades que sofrem com sistemas opressores e carentes. Construir comunidades de fé de apoio em Cristo revela ao mundo que “é chegado o tempo da graça do Senhor” (Lucas 4.18-19).

Ore

  • Pelas comunidades vulneráveis ​​em todo o mundo. A Covid-19 continua a retumbar, produzindo mudanças tectônicas na realidade de bilhões de pessoas, com tremores secundários que continuarão a reverberar por anos no futuro. Que Deus tenha misericórdia, e derrame a paz que transcende a compreensão para aqueles que a buscam em Cristo.
  • Por sabedoria aos líderes comunitários e pais que vivem em situações de pobreza, para que eles enxerguem os esquemas malignos dos traficantes de pessoas, e escolham não cair em suas mentiras e falsas promessas.
  • Pela libertação dos cativos apanhados nas armadilhas dos traficantes e dos abusadores. Ore para que a justiça de Deus seja rápida, ore pela libertação dos aflitos que anseiam por sua liberdade.
  • Pela salvação dos perpetradores da violência. Traficantes de pessoas, como o traficante de escravos John Newton, foram humilhados pela incrível graça do Senhor, abandonaram seus caminhos perversos, e encontraram cura. Ore para que o Espírito de Deus traga convicção dos pecados aos opressores, de modo que sejam libertos de sua injustiça, e se comprometam a investir suas vidas na libertação dos cativos.

Notas

  1. https://www.un.org/development/desa/en/news/sustainable/sustainable-development-goals-report-2020.html(ou baixe o SDG Report PDF integral aqui: (https://unstats.un.org/sdgs/report/2020/The-Sustainable-Development-Goals-Report-2020.pdf)
  2. Freedom United, Exposing the Hidden Victims of Covid-19, Maio 2020, freedomunited.org/Covid-19/.
  3. World Vision, Aftershocks: A Perfect Stormwvi.org/publications/report/coronavirus-health-crisis/Covid-19-aftershocks-perfect-storm.
  4. WeProtect Global Alliance, Intelligence Brief: Impact of Covid-19 on Online Child Sexual Exploitationweprotect.org/products.
  5. World Vision, Aftershocks.
  6. Europol, Catching The Virus; Cybercrime, Disinformation And The Covid-19 Pandemic, 2020. europol.europa.eu/newsroom/news/catching-virus. Esses dados são também embasados por relatórios semelhantes vindos de outras partes do mundo, incluindo Índia, Filipinas, Tailândia e Camboja.
  7. WeProtect Global Alliance,Intelligence Brief. A empresa especializada em cyber segurança Web-IQ divulgou essa informação.
  8. Europol, Catching The Virus.
  9. WeProtect Global Alliance, Intelligence Brief.
  10. WeProtect Global Alliance, Intelligence Brief.
  11. World Vision, Intelligence Brief. Em setembro de 2020, estimava-se que a violência contra crianças (que inclui o tráfico de pessoas) aumentasse entre 20-32%. Essa estimativa é baseada em dados de violência contra crianças após crises de saúde anteriores.
  12. World Vision, Aftershocks.
  13. Freedom United, Exposing the Hidden Victims.
  14. International Labour Organisation (ILO), Covid-19 Impact on Child Labour and Forced Labourilo.org/wcmsp5/groups/public/—ed_norm/—ipec/documents/publication/wcms_745287.pdf
  15. ILO, Covid-19 Impact on Child Labour and Forced Labour.
  16. ILO, Covid-19 Impact on Child Labour and Forced Labour

 

Sobre a autora
Sarah Scott Webb lidera o For Freedom, ministério global de combate ao tráfico, da SIM International, e está envolvida no trabalho de combate ao tráfico desde 2005. No For Freedom, ela desenvolve uma abordagem integrada de prevenção ao tráfico humano, ajudando os trabalhadores em Missões a incluir medidas de proteção antitráfico em seu trabalho ministerial. Sarah é Pós-graduada em Teologia Aplicada com foco em questões teológicas em torno da escravidão moderna e Mestre em Relações Internacionais com especialização em questões legais, culturais e de gênero relacionadas ao tráfico humano. Você pode entrar em contato com Sarah em intl.forfreedom@sim.org ou acessar http://forfreedom.sim.org/ para saber mais.

 

Esse artigo foi originalmente escrito em inglês e publicado no site da Comissão de Missões da World Evangelical Alliance (WEA) em julho de 2020 em https://weamc.global/covid-trafficking/. O Martureo obteve permissão para traduzir o conteúdo para o português e republicá-lo.

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