Deus se interessa por negócios

BAM: transformação holística de indivíduos e sociedades

Mats Tunehag

Introdução

Business as Mission, BAM, que no português quer dizer Negócio como Missão, é um termo relativamente novo, mas é baseado em uma concepção bíblica. Outras expressões frequentemente usadas são “Negócio Transformacional”, “Companhias da Grande Comissão” e “Negócios do Reino”.

A concepção BAM é de natureza holística, acreditando que Deus tem poder para transformar pessoas e comunidades econômica, espiritual, social e ambientalmente. A dicotomia entre sagrado e secular não é bíblica, mas essa falsa dicotomia tem afetado profundamente nossa visão no trabalho, negócios, igreja e missões. BAM é parte de um amplo movimento global, reconhecendo o chamado de Deus e respondendo a ele para levar o evangelho integral para um homem integral em um mundo integral.

A aplicação de BAM pode variar de pais para pais e de negócio para negócio.

BAM é um paradigma

A dicotomia (divisão) entre sagrado e secular, entre mundo espiritual e físico não é bíblica, possui raízes na filosofia grega gnóstica. Foi considerada uma heresia pela Igreja. Entretanto, ainda permeia nosso pensamento, nossa teologia e nossa missão estratégica.

A “Pirâmide de Cristo” a seguir também ilustra uma visão deturpada da igreja e de seus membros em detrimento de uma concepção bíblica do Corpo de Cristo. Temos a tendência de encorajar as pessoas a atingir o topo da pirâmide, onde “servir a Deus em tempo integral” é o clímax.

Essa visão não bíblica é muito comum, e influencia a maioria das igrejas em todos os continentes. O pensamento grego gnóstico valoriza pessoas com “vocação espiritual”, e desconsidera pessoas que lidam com negócios. Ser pastor é frequentemente visto como um chamado elevado, um ministério espiritual, e nós mesmos usamos o termo “ministério de tempo integral”. Então, se alguém realmente quer servir a Deus, deve objetivar subir a pirâmide em direção ao “mais alto chamado”, e estar envolvido em um ministério de tempo integral.

Assim, empresários são frequentemente vistos como se não servissem a Deus, mas sim lidando com Mamon. No entanto, a absolvição pode ser concedida se o dinheiro for dado para igreja e para missões.

A Igreja e seu trabalho missionário ainda sofrem da dicotomia imposta entre espiritual e secular, e da distinção feita entre ministérios clerical e leigo. Às vezes, cristãos têm se depreciado, ou agarrado a visão de que seus trabalhos são irremediavelmente seculares, ou apenas são aprovados se eles derem dinheiro para trabalhos espirituais através da igreja ou de agências de missões. Mas, assim como Deus chama e equipa pessoas para serem tradutores bíblicos ou evangelistas, ele também chama e equipa pessoas para fazerem negócios no proposito de servi-lo e de servir outras pessoas. Cristãos em negócios são afirmados e desafiados: Deus tem dado a eles um dom único, vocação e experiência para suprir grandes necessidade e oportunidades.

Business as Mission reconhece o Corpo de Cristo. Nós precisamos derrubar a “Pirâmide de Cristo” na qual baseamos muitos de nossos pensamentos, linguagens e ações. Se Deus tem chamado você para os negócios, não se apequene tornando-se pastor! Seu negócio é seu maior chamado. E, se você é chamado para ser pastor, esse é seu maior chamado. Não há pirâmide para escalar, mas um mundo para servir!

 

BAM está enraizado nas Escrituras

Deus é um empreendedor nato que começou com a ideia e a criação de um número infinito de boas coisas. Nós fomos criados à imagem de Deus para sermos criativos e para criarmos boas coisas também.

Deus disse a Adão e Eva para “cultivarem o Jardim”, e isso envolve adicionar valor ao processo para viver em relacionamentos de confiança. Assim sendo, fazer negócio está enraizado no caráter de Deus, bem como em quem nós fomos criados para ser.

A atividade central dos negócios – prover empregos sustentáveis e significativos – é uma demonstração de justiça e amor originada no caráter de Deus. Na história, há muitos exemplos de homens e mulheres tementes a Deus que amaram a Deus e serviram pessoas por meio de seus negócios.

Abraão foi um homem de negócios bem-sucedido. Jesus trabalhou num pequeno negócio familiar por muitos anos. A mulher virtuosa descrita em Provérbios 31 é uma mulher de negócios. Desemprego é uma consequência da Queda, mas estar desempregado não é um pecado. No entanto, nega à pessoa ser o que Deus tem intencionado que todos nós sejamos: criativos, capazes de adicionar valor a produtos e serviços, e capazes de dar suporte a nós mesmos e a outros.

Dar às pessoas emprego para o bem individual e comum é uma ação justa, e, de fato, ajuda as pessoas a desenvolverem a imagem de Deus.

Deus preparou a restauração da criação, incluindo trabalho e criatividade, por meio de Jesus Cristo. Nós fomos chamados para assumir um papel no processo da restauração de Deus ajudando a restaurar a dignidade inerente e o valor do trabalho.

Trabalho é algo que é simultaneamente divino e humano. Deus teve prazer no aspecto físico da sua criação. Nós também podemos nos deleitar na criação útil e excelente de produtos e serviços.

 

BAM é ser um seguidor de Jesus

O que Jesus afirma como características-chave de seus verdadeiros seguidores? Eles ajudam o faminto, o sedento, o nu, o doente e aqueles que estão na prisão (Mateus 25). Qual é a maior causa subjacente de desnutrição, fome, situações de desabrigamento, muitas doenças, acesso limitado a tratamento médico, bem como dívidas e criminalidade? O desemprego! Prover emprego às pessoas é um alívio e uma prevenção para essas terríveis condições. Podemos parafrasear as palavras de Jesus em Mateus 25: “Eu era um desempregado, e você me deu um emprego”. Empreendedores têm um chamado especial para servir no mercado de trabalho fazendo negócios “como para o Senhor”.

No que tange à Missão de Deus, nós somos o espelho da vida de Jesus: “Assim como o Pai me enviou, eu os envio” (João 20.21). Essa é a missão na qual evangelismo e responsabilidade social andam de mãos dadas. Deus está interessado em nós como seres humanos em nosso contexto social e ambiental. O ministério de Jesus é claramente a duas coisas: pregação e demonstração do Reino de Deus (Isaías 58.6-7, Lucas 7.22).

A maioria das pessoas que vieram a Jesus o fizeram por causa das necessidades emocionais, físicas e sociais, e Jesus constantemente e consistentemente supriu tais necessidades. Nicodemos, um intelectual que tinha questões “espirituais”, foi uma exceção, não a regra. E muito importante, Jesus nunca disse para aqueles que vieram a ele com várias necessidades, problemas e questões: “Você tem uma necessidade errada”.

Jesus afirmou que curar os doentes, alimentar os famintos, cuidar do aflito etc. eram manifestações do Reino de Deus. Ele até nos ensinou a orar: “Venha o teu Reino” (Mateus 6.10). BAM é sobre ser uma resposta para a oração de Cristo – nos negócios e por meios deles – a fim de que as necessidades físicas, sociais, emocionais, econômicas e espirituais possam ser solucionadas e supridas.

Quais são as boas novas para um desempregado? Nós não devemos tentar ser “mais espirituais” que Jesus, ele passou a maior parte de seu ministério satisfazendo necessidades no mundo “secular”. Ele nunca se desculpou por passar muito tempo e dedicar esforços lidando com necessidades humanas comuns.

 

BAM está enraizado na história

Há muitos exemplos históricos de cristãos fazendo negócios de muitas formas que pessoas e sociedades foram transformadas e Deus, glorificado. Durante os primeiros 400 anos de existência, a Igreja cresceu e se tornou a maior influência no mundo graças, em parte, a pessoas que viviam sua fé no mercado de trabalho. Lídia foi uma mulher de negócios que viveu sua fé compartilhando as boas novas (Atos 16.15).

Nós devemos aprender com a missão de pioneiros como os nestorianos (que conduziram negócios ao longo da Rota da Seda) e os empreendedores morávios (que tiveram impacto de longo alcance).

Hans Nielsen Hauge nasceu no final de 1700 numa sociedade pobre e de agricultura subdesenvolvida. Não havia democracia, e a liberdade religiosa era limitada. Quando Hauge tinha 25 anos, ele teve um encontro com Deus. O lema da vida de Hauge se tornou: ame a Deus e seja amigo do homem. Ele viajou extensamente pela Noruega, e fez o que nós hoje chamaríamos de plantação de igrejas e negócios como missão. Ele começou 30 negócios, incluindo indústrias de pesca, olarias, fábricas de fiar, minas de sal e minérios, fábricas de papel e gráficas de impressão. Ele foi um empreendedor e um catalisador.

Através dele, muitos outros foram inspirados a ler a Bíblia, a encontrar outros crentes para orar e fazer amizades, e vários negócios foram iniciados e desenvolvidos. Mesmo os historiadores seculares hoje reconhecem o legado de Hauge e sua contribuição para o desenvolvimento da Noruega moderna. Ele às vezes é chamado de “pai da democracia na Noruega”. Ele facilitou a igualdade entre homens e mulheres, e seu trabalho levou a um despertar espiritual e a um movimento de empreendedorismo. O legado de Hauge é uma transformação espiritual, econômica e social. Sua vida e trabalho ilustram alguns dos objetivos, princípios e resultados do BAM.

 

BAM é a uma resposta relevante para as necessidades do mundo

O mandamento bíblico é claro: evangelho integral para todas as pessoas e nações, de forma que o Reino de Deus seja pregado e demonstrado. Trabalhamos para a transformação espiritual, social e econômica de pessoas e sociedades para a glória de Deus. Quais são as maiores necessidades ao redor do mundo? Se fizermos uma análise de mercado, o que acharemos?

Cinco coisas correlacionam-se e se destacam:

  1. A maioria das pessoas não alcançadas estão no mundo muçulmano, hindu e budista, vivem na chamada janela 10/40. São áreas e grupos de pessoas em que o nome de Jesus é raramente ouvido e, se for ouvido, dificilmente é compreendido.
  2. Nessas áreas, encontram-se também a maioria dos mais pobres entre os pobres.
  3. Esses países, de forma geral, têm taxas de desemprego que vão de 30% a 70%.
  4. Muitas vezes, 50% ou mais da população é jovem, com menos de 15-20 anos de idade.
  5. São áreas de alto risco para tráfico humano.

Onde você encontra a pobreza instalada, o desemprego, grosso modo, varia de 30% a 80%. Isso significa centenas de milhares de jovens no mercado de trabalho procurando por emprego.

O nome de Jesus é raramente ouvido nessas regiões. O desemprego desenfreado torna as pessoas vulneráveis ao tráfico humano, e a oferta limitada de postos de trabalho decentes favorece o tráfico de drogas e a prostituição. Esses males e essas terríveis necessidades estão correlacionadas. Soluções relevantes, que garantam sustentabilidade de longo prazo, passam pelas questões econômicas e de desenvolvimento de negócios. BAM oferece uma oportunidade extraordinária para demonstrar o amor de Deus entre essas pessoas perdidas (e entre outras).

Se somos seguidores de Jesus, não podemos (na verdade, não devemos!) ignorar essa assustadora necessidade por empregos entre os pobres e os não alcançados. Trata-se de um desafio enorme e crescente: alguns indicadores estimam que até dois bilhões de jovens irão procurar por emprego nos próximos 20 anos.

Não é suficiente pensar apenas em termos de criação de empregos. Também não é suficiente apenas pensar em termos de plantação de igrejas. Se o crescimento na plantação de igrejas fosse o único indicador de sucesso, Ruanda seria um excelente exemplo no século 20: em 100 anos, foi de nenhuma pessoa como membro de alguma igreja cristã para 90% da população como membro em alguma das várias igrejas. Em 1994, contudo, testemunhamos um genocídio nesse pequeno país da África Central: cerca de 800 mil pessoas foram mortas em poucas semanas. Ruanda, obviamente, tinha pessoas nas igrejas, mas não a Igreja nas pessoas, isto é, o evangelho não tinha verdadeiramente transformado as relações étnicas.

 

BAM é a estratégia chave no combate ao tráfico humano

O tráfico de pessoas é a forma moderna de escravidão e é ilegal. Tráfico é o recrutamento, transporte, abrigo ou receptação de pessoas por traficantes que usam ameaças, força, coerção, rapto e desilusão para gerar lucro. Na maioria das vezes, pessoas traficadas acabam em exploração sexual, mas também em trabalho forçado. As vítimas podem ser transportadas através de fronteiras internacionais, mas a maior parte é traficada dentro das fronteiras de seu próprio pais. Em geral, essas pessoas são mantidas em cativeiro, impedidas de sair, forçadas a trabalhar e têm seus salários confiscados. A maioria das vítimas de tráfico são mulheres e crianças que, muitas vezes, acabam como escravas na indústria sexual.

Milhões de pessoas são compradas, vendidas e mantidas contra vontade em condições de escravidão mesmo hoje. Podemos resumir o tráfico – causas, cura e agentes positivos de mudança – da seguinte forma:

 

  • Causas: desemprego, renda insuficiente, nenhuma perspectiva de trabalho no local
  • Cura: criação de empregos reais e viáveis, negócios sustentáveis e lucrativos
  • Agentes de mudança: Deus chama e equipa pessoas para fazer “Negócios do Reino”, restaurar a dignidade humana, defender os direitos humanos e, assim, efetivamente, combater o tráfico.

 

Negócios podem lidar com a raiz da causa do tráfico pelo desenvolvimento de negócios intencionais e proativos em áreas com alto desemprego e alto risco de tráfico. BAM seria a chave para a prevenção.

Mas BAM é também a chave na restauração dessas vítimas. Porque precisamos ser capazes de responder à questão: livrar do tráfico (de forma geral, da indústria do sexo) para o quê? Precisamos prover empregos e ambientes com dignidade que podem ser uma parte da transformação holística de indivíduos: social, economica e espiritualmente.

 

BAM é uma força centrífuga

Precisamos responder aos comandos de Cristo, sermos as mãos de Deus na resolução de necessidades reais, e colocarmos empreendedores com seus chamado entre todos os povos da terra. Isso implica sermos centrífugos em vez de centrípetos. Centrípeta é a força que move para dentro em direção ao centro. Centrífuga é a força que move para fora a partir do centro. Deixe-me usar uma analogia. Quando temperamos uma carne, pegamos o saleiro e salpicamos sal sobre a carne. Por mais absurdo que possa parecer, há outra forma de temperar a carne: colocá-la dentro do saleiro. Caso você não use o método convencional de salpicar o sal sobre a carne, consideraria passar a carne para dentro do saleiro?

Como cristãos, somos instruídos: “Vocês são o sal da terra” (Mateus 5.13). Deixe o saleiro representar a Igreja, e a carne, o mundo para o qual Cristo nos envia.

Infelizmente, nossos esforços são no sentido de trazer as pessoas para a estrutura da igreja, para alguma programa (foco centrípeto), algo como “passar a carne para dentro do saleiro”.

Deveríamos ser mais centrífugos, considerando ser sal (também) no mercado de trabalho, orar e apoiar cristãos que têm e operam o próprio negócio. A Igreja deve ser grata por ter membros que são “sal” lá fora, no mundo dos negócios. Pessoas com o chamado para os negócios são híbridas, é como se fossem empresários e missionários, um “missioempresário”.

 

BAM é a transformação holística de indivíduos e sociedades

 

O gráfico anterior ilustra como o paradigma limitado de gerar (apenas) lucro para acionistas pode ser ampliado. A responsabilidade social corporativa considera o impacto social e ambiental do negócio, bem como reconhece e busca atender as necessidades da sociedade. BAM tem 4 pilares fundamentais, e está conectado ao Corpo de Cristo e a entidades para as quais presta contas.

Business as Mission é sobre negócios reais, sustentáveis e lucrativos; com propósito, perspectiva e impacto no Reino de Deus; liderando a transformação de pessoas e sociedades espiritualmente, economicamente, socialmente e ambientalmente para a grande glória de Deus.

 

BAM busca lucro

Nós estamos aqui para demonstrar o Reino de Deus por meio da Igreja e no mercado. Igrejas e ONGs cristãs são instituições sem fim lucrativos, negócios precisam gerar lucro.

Negócios devem ser financeiramente sustentáveis, produzindo bens ou serviços pelos quais as pessoas estão dispostas a pagar. A sustentabilidade de um negócio está atrelada a uma atividade lucrativa. Lucro é um elemento essencial para todos os negócios em todas as culturas. Sem lucro, os negócios não podem sobreviver e cumprir seu propósito.

De acordo com Business as Mission, negócios são empreendimentos reais que genuinamente existem para gerar riqueza e lucro. Business as Mission não vê os negócios como um mal inerente ou algo antibíblico. Muito pelo contrário, o lucro é bom, desejado, e pode servir a Deus e ao seu propósito, exceto quando é fruto de transações não transparentes com os clientes, ou quando a venda de determinado produto ou serviço não honra o nome de Cristo e seu evangelho.

Empresários cristãos têm obrigações não apenas com a família e a Igreja, mas também com acionistas, governo (impostos), clientes, meio ambiente, empregados e outros com quem se relacionam direta ou indiretamente. Se há lucro – o que mostra que o negócio é viável e sustentável –, a igreja não deve reivindicá-lo. Os empregadores prestam contas para uma rede de relacionamentos que extrapola a Igreja.

 

BAM não é Negócios para Missões

BAM não é uma estratégia de angariação de recursos. Não é uma alternativa ou uma nova forma de suporte financeiro para ministérios cristãos tradicionais. Somos todos chamados a compartilhar com generosidade, independente da profissão ou do nível de renda, mas não nos tornamos professores, cirurgiões, donas de casa, diretores ou fazendeiros com o propósito único de dar dinheiro para causas humanitárias. Nenhum de nós gostaria de ser operado por um cirurgião que apenas ambiciona fazer dinheiro para dar para a igreja! Nossa expectativa é que ele tenha as habilidades certas, e dirija a operação com excelência, fazendo seu trabalho com total integridade profissional. Todos temos dons e talentos, e devemos ser bons mordomos desses dons, agindo responsavelmente e cuidando uns dos outros, isso inclui membros da família, amigos, empregados, clientes, pobres que estão perto de nós e necessitados em outros países. O mesmo vale para os cristãos em negócios: servir a Deus e às pessoas com profissionalismo, excelência e integridade.

 

Business as Mission não tolera não ser negócio e não ser missional

BAM é um negócio real, não uma missão de caridade cristã disfarçada de negócio. Na verdade, é mais do que apenas um negócio. Contudo, é importante excluir duas abordagens incorretas de Business as Mission:

(1) Negócios falsos que, na verdade, existem somente para prover vistos para missionários conseguirem entrar em países fechados;

(2) Negócios que dizem ter um propósito cristão, mas que operam apenas para um propósito econômico privado, não para sinalizarem o Reino de Deus. Em outras palavras, negócios geridos por cristãos sem uma estratégia clara e definida de como irão sinalizar o Reino no lugar em que operam.

 

BAM é diferente de “fazedores de tendas”, mas há alguma relação

O termo “fazedores de tendas” é atribuído ao apóstolo Paulo, que fazia tendas – tinha um trabalho “secular” e, assim, obtinha seu sustento ao mesmo tempo em que trabalhava no “ministério”. O termo e seu uso podem reforçar a divisão entre sagrado e secular, que é contrária à concepção bíblica. Em círculos de Missões, “fazedor de tendas”, muitas vezes, significa alguém que assume uma função (emprego) em uma empresa (em geral em outro país) por meio da qual há oportunidade de se compartilhar o evangelho de Cristo com os colegas e com outras pessoas próximas. É algo bom e válido, mas não deve ser confundido com BAM.

BAM tem outro acrônimo e um último fundamento

AMDG – Ad Maiorem Dei Gloriam [Para a Maior Glória de Deus].

 

Sobre o autor
Mats Tunehag é sueco, já atuou em diversos países do mundo, e hoje é palestrante e escritor. Nos últimos 20 anos, seu foco foi o desenvolvimento do conceito de Business as Mission (BAM), bem como o estabelecimento de alianças estratégicas nacionais, regionais e globais envolvendo pessoas e iniciativas relacionadas com BAM. Mats publica regularmente artigos sobre Business as Mission, e tem materiais traduzidos para 19 idiomas em seu site. Ele também faz parte do comitê do Movimento de Lausanne com foco em BAM.

 

O texto foi traduzido por Samara Brandão, e o Martureo obteve a permissão do autor para publicá-lo.

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